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Hugo Motta e Davi Alcolumbre aceitaram convite de Lula para integrar a comitiva (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom) |
O Palácio do Planalto começou, nesta terça-feira, a enviar convites, incluindo na lista ministros de Estado e parlamentares. De acordo com interlocutores da Presidência, Alcolumbre, Motta e Barroso confirmaram presença. Outras participações esperadas no velório são a ex-presidente da República e presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), Dilma Rousseff, e o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, embaixador Celso Amorim.
Lula fez questão de alterar a agenda para participar do funeral. Ele cancelou eventos em Rondônia e no Pará, marcados para quinta e sexta-feiras, respectivamente. O presidente será acompanhado pela primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. O embarque para Roma está previsto para as 22h desta quinta-feira, da Base Aérea de Brasília.
Segundo divulgado pelo Vaticano, a Missa Exequial para o papa Francisco será no sábado, às 10h (5h no horário de Brasília), na Basílica de São Pedro, dentro do próprio enclave. Em seguida, o corpo será levado em procissão até a Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, onde o pontífice decidiu ser enterrado. Lula e seus convidados voltam para o Brasil assim que a cerimônia acabar, ainda no sábado.
Os ritos fúnebres para papas incluem a presença de chefes de Estado e líderes de todo o mundo. Já confirmaram presença os presidentes Donald Trump (Estados Unidos), Javier Milei (Argentina) e Volodymyr Zelensky (Ucrânia); o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, entre outros.
A morte de Francisco foi assunto no Palácio do Planalto nesta terça-feira. Em conversa reservada com jornalistas, ministros lamentaram o fato e demonstraram preocupação com a sucessão do pontífice, que foi conhecido por suas decisões progressistas e inclusivas no comando da Igreja Católica. Um auxiliar de Lula disse torcer para que o próximo papa mantenha o legado de Francisco.
O chefe do Executivo também comentou o tema durante o dia — a agenda foi dedicada, principalmente, à visita do presidente do Chile, Gabriel Boric, a Brasília.
"Há quantos anos existe a Igreja Católica? Dois mil anos? E pela primeira vez (tivemos) um papa latino-americano? Na região mais católica do mundo? Algo está errado", comentou Lula, durante declaração conjunta à imprensa ao lado de Boric.
Pouco depois, ao chegar ao Palácio do Itamaraty para um almoço oferecido ao chileno, o petista voltou a citar o pontífice, ao criticar a política comercial de Trump. "O mundo precisa voltar a uma certa normalidade. O mundo não pode ser induzido à raiva, ao ódio, ao preconceito, à perseguição. Não tem lógica. Eu espero que, com a morte do papa Francisco, isso possa representar algum sinal de que os seres humanos precisam mudar para melhor", frisou.
Publicado
originalmente no Correio Braziliense
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