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Alexandre Padilha assume o Ministério da Saúde e Gleisi Hoffmann a Secretaria de Relações Institucionais (Foto: Ricardo Stuckert) |
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu posse na tarde de ontem (10/03) aos novos ministros da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, e da Saúde, Alexandre Padilha. A cerimônia ocorreu no Salão Nobre do Palácio do Planalto, com a presença de ministros, deputados, e lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT), legenda da qual os dois ministros fazem parte.
Lula indicou Padilha, que chefiava a SRI, ao Ministério da Saúde após demitir a antiga titular, Nísia Trindade. Já para substituir Padilha, escolheu a então presidente do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PT-PR).
Gleisi teve que deixar a presidência do partido para poder assumir o cargo, seguindo o regimento interno da legenda. O cargo anterior ficou com o senador Humberto Costa (PT-PE), que será o presidente do PT por um mandato tampão, até as eleições marcadas para o meio do ano.
Em
discurso de posse, Gleisi faz aceno a Haddad e elogia Moraes
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Lula, Gleisi Alckmin e Janja no Palácio do Planalto (Foto: Ricardo Stuckert) |
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, fez questão de responder a críticas sobre a relação dela com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta segunda-feira (10/3), durante o discurso de posse, no Palácio do Planalto. Na oportunidade, ela também elogiou a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na defesa da democracia.
"Chego para somar. Foi essa missão que recebi e pretendo cumprir. Um governo de ampla coalizão, dialogando com as forças políticas do Congresso e com as expressões da sociedade, suas organizações e movimentos. Chego para colaborar com todos ministros e ministras, que coordenam suas respectivas áreas, respeitando os espaços e competências de cada um e cada uma, sob a liderança do presidente Lula. Tenho plena consciência do meu papel, que é da articulação política", iniciou a ministra.
"Eu
estarei aqui, ministro Fernando Haddad, para ajudar na consolidação das pautas
econômicas desse governo, as pautas que você conduz e que estão colocando
novamente o Brasil na rota do emprego, do crescimento e da renda",
acrescentou. Em resposta, Haddad acenou com a cabeça em sinal afirmativo.
Gleisi criticou, diversas vezes, as decisões da Haddad na economia do governo, enquanto ainda estava à frente da presidência do Partidos dos Trabalhadores (PT). A chegada da nova ministra ao centro do Executivo, no Planalto, foi criticada por a relação tensa com o ministro da Fazenda.
Durante discurso, Gleisi também relembrou o trabalho de articulação política que realizou durante a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nas eleições de 2022. Ela, então, aproveitou para agradecer a atuação do ministro do STF, Alexandre de Moraes, na defesa da democracia, já que, à época, ele era presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"Quero aqui reconhecer o papel do ministro Alexandre de Moraes, na defesa da democracia, e, agora, da soberania nacional. Respeitamos e temos relação com todos, mas o Brasil é dos brasileiros e das brasileiras", declarou a ministra, relembrando o recente embate do magistrado contra a plataforma de vídeos dos Estados Unidos, Rumble, que se negou a cumprir medida judicial brasileira de combate às fake news. Ela está suspensa no Brasil, assim como ocorreu com o X, antigo Twitter.
"Chego
com uma obsessão: reduzir o tempo de espera", diz Padilha ao assumir a
Saúde
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Lula e Alexandre Padilha no Palácio do Planalto (Foto: Ricardo Stuckert) |
O novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, tomou posse nesta segunda-feira (10/3), em cerimônia no Palácio do Planalto. No primeiro discurso no cargo, Padilha defendeu reformar a Tabela SUS (Sistema Único de Saúde) — lista que define os valores para procedimentos e materiais médicos —, reduzir as filas, valorizar os trabalhadores da saúde e criar organismos de Estado para preparar para as próximas pandemias.
Padilha tomou posse em cerimônia conjunta com a nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, que ocupa o cargo deixado vago após Padilha trocar de ministério. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também estava presente.
“Volto para o Ministério da Saúde ainda mais cheio de energia do que na primeira vez. Chego com uma obsessão: reduzir o tempo de espera para quem precisa de atendimento especializado nesse país. Todos os dias, vou trabalhar para buscar o maior acesso e menor espera para quem precisa de atendimento especializado”, discursou Padilha.
É a segunda vez que o deputado licenciado ocupa a pasta da Saúde, que comandou durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
Segundo o ministro, as prioridades à frente da pasta incluem ainda defender a ciência e a vida, promover um Brasil mais saudável e valorizar quem trabalha em defesa da saúde. Para tanto, prometeu agir em conjunto com universidades e com o setor privado.
Padilha disse ainda que quer acabar com o modelo atual da Tabela SUS, lista que define os valores para procedimentos e materiais médicos. “Teremos a coragem e a ousadia necessárias para superar esse modelo da Tabela SUS, enterrar de uma vez por todas, e criar um novo modelo”, enfatizou.
O
novo ministro da Saúde também cumprimentou representantes da Organização
Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) que
estavam presentes na cerimônia, e afirmou que o atual governo sempre apoiará as
instituições internacionais.
Publicado
originalmente no Correio Braziliense
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