![]() |
Para o governador gaúcho, Eduardo Leite, a atual polarização política é prejudicial ao país e precisa ser superada (Foto: Mauricio Tonetto) |
Com 24 anos de filiação ao PSDB, Eduardo Leite evita cravar a permanência na sigla. “Nunca tive outro partido político. Foi o partido onde tive meu espaço para meu crescimento, onde aprendi muito, [a legenda] deu grande contribuição ao país. Estamos fazendo a leitura do ambiente político para entender onde melhor posso cumprir meu papel na política", disse em entrevista à Folha de S. Paulo. Segundo ele, a decisão sobre seu destino partidário deve ser anunciada em maio.
O governador reconhece que, dependendo dos rumos que o PSDB tomar, pode buscar outra legenda. Seu nome é cotado no PSD, de Gilberto Kassab.
"Se o meu movimento for em direção a outro partido, e não a permanência no que vier a ser o PSDB na sua fusão, será por enxergar a oportunidade de não apenas participar, mas também de liderar o projeto. Mesmo que isso eventualmente não se confirme, mas onde eu veja a oportunidade de mostrar a minha capacidade de liderar um projeto para o país", disse.
Questionado sobre as conversas envolvendo o PSD, Leite reconheceu afinidades, mas afirmou que sua decisão será baseada em afinidades de visão de país e na possibilidade concreta de protagonismo.
"Na família, a gente não concorda em tudo. Não vai ser em um partido político em que você vai ter pensamentos idênticos, mas onde haja pessoas em quem eu consiga enxergar sinergia, sintonia de pensamento do país com disposição de construir esse projeto, e onde eu veja a oportunidade também de protagonizar", afirmou.
Sobre a eleição de 2026, Leite deixa claro seu desejo de disputar o Planalto. Para ele, a atual polarização política é prejudicial ao país e precisa ser superada. Apesar da vontade, Leite pondera que uma candidatura à Presidência depende de fatores que vão além de sua aspiração pessoal.
"Tenho
a absoluta compreensão de que não é apenas sobre o meu desejo e a minha
aspiração. Jamais vou colocar o meu desejo e a minha aspiração acima de um
projeto de país. Se outra pessoa melhor conseguir apresentar dentro desse grupo
a capacidade de liderar esse projeto, estou perfeitamente em sintonia de
construir junto com outra pessoa que lidere esse projeto. Não é sobre aspiração
pessoal. É sobre desejo de contribuição", disse.
Publicado
originalmente no Correio Braziliense
Leia
também:
Lula segue com dificuldades para manter apoio e garantir governabilidade
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.