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Parede do Açude Orós (Foto: Raimundo Soares Filho) |
Após quase 14 anos, o Açude Orós voltou a sangrar. Por volta das 22h. de ontem (26/04) blogueiros da cidade do publicaram fotos e vídeos das águas escorrendo pelo vertedouro do reservatório que não registrava sangria desde agosto de 2011.
O portal hidrológico parceria da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME) com Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh) já registra no fechamento desta postagem que o reservatório tem volume: 100,92%.
Ainda segundo informações da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), nos últimos 20 anos o açude registrou somente três episódios de sangria: em 2008, 2009 e 2011. Desde então, o maior volume armazenado foi registrado em abril de 2012, quando o reservatório chegou a 84,4% da capacidade total.
O período mais crítico de escassez ocorreu entre janeiro e março de 2020, quando o açude operou no volume morto — menos de 5% de sua capacidade. Esse cenário preocupante refletia a severidade da estiagem e os impactos nas atividades agrícolas, no abastecimento urbano e na vida das comunidades ribeirinhas.
Graças às fortes chuvas que atingiram o estado desde o início do ano, o reservatório apresentou uma elevação significativa no volume de água. A barragem passou de 58,6% de sua capacidade em 1º de janeiro para 88,8% no dia 25 de abril, representando um aumento de quase 30% O Orós é o segundo maior reservatório do Ceará, com capacidade para armazenar 1,612 bilhão de metros cúbicos de água. Ele fica atrás somente do Castanhão, que comporta 6,7 bilhões de m³.
O Orós é peça-chave para a segurança hídrica do Ceará. Com sua capacidade de armazenar mais de 1,6 bilhão de metros cúbicos de água, ele abastece diretamente cidades e comunidades rurais, além de contribuir para o equilíbrio do sistema hídrico estadual.
O açude também desempenha papel decisivo no suporte à agricultura irrigada, especialmente em períodos de estiagem prolongada. Suas águas garantem o funcionamento de perímetros irrigados e a subsistência de centenas de famílias que dependem da produção agrícola para sobreviver.
Além disso, ele integra o sistema de reservatórios que alimentam a Região Metropolitana de Fortaleza e outros grandes centros urbanos do estado, funcionando como regulador do volume hídrico em tempos de abundância ou escassez.
Assim como em 2011, na manhã de hoje, centenas de pessoas visitaram o açude e caminharam sobre a parede e assistiram a pequena sangria, no mirante, ao lado do sangradouro.
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Sangradouro do Açude Orós (Foto: Raimundo Soares Filho) |
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