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A primeira-dama também lembrou que além de comemorar a data é o momento de lembrar aquelas que morreram na luta por direitos (Foto: Ed Alves) |
A primeira-dama, Janja da Silva, declarou nesta sexta-feira (7/3) que a situação “está muito difícil para nós, mulheres”, ao comentar o Dia Internacional da Mulher, celebrado amanhã, 8 de março.
Para Janja, a data é o momento de comemorar e de lutar, mas também para lembrar das mulheres que morreram lutando por direitos e pelos movimentos sociais. Ela discursou durante evento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“É claro que amanhã é um dia comemorar, de luta, mas é também um dia de um pouco de tristeza, porque está muito difícil para nós, mulheres, que cotidianamente somos mortas, violentadas, temos os nossos corpos expostos”, discursou a primeira-dama emocionada, logo após uma fala do presidente Lula.
“Amanhã é o dia de lembrar todas as companheiras que tombaram, e a gente sabe que tem muitas companheiras, os movimentos que estão aqui que tombaram. É também um dia de luta para que também nós mulheres possamos tocar a nossa vida com segurança e tranquilidade”, acrescentou.
Janja discursou durante evento para a entrega de lotes do programa Terra da Gente no Quilombo Campo Grande, assentamento do MST, na cidade de Campo do Meio, Minas Gerais.
Homem precisa dividir tarefas domésticas
Antes de passar a palavra à primeira-dama, Lula também comentou que os homens precisam dividir as tarefas domésticas e respeitar as mulheres.
“Durante milhares e milhares de anos, as mulheres foram subjugadas, tratadas como objetos, como cidadãs de segunda e terceira categoria. E muitas de vocês aprenderam a levantar a cabeça, a não serem subjugadas”, declarou o petista.
Lula disse ainda que as mulheres querem apenas ser tratadas com igualdade em relação aos homens, e não “diminuir o papel do homem".
“Da mesma forma que a mulher aprendeu a trabalhar fora de casa, a ir para o mercado de trabalho, trabalhar com uma enxada, com roçadeira, colher café, é importante que nós, os homens, aprendamos a ir para a cozinha ajudar nos serviços de casa, a lavar o banheiro, a dar banho nas crianças, trocar fralda, a acordar de noite para fazer cafuné em uma criança que está chorando”, comentou o presidente.
O evento marcou a entrega de 12.297 lotes do programa Terra da Gente, que serão destinados a famílias acampadas em 24 estados da Federação. Além disso, o governo também anunciou aporte de R$ 1,6 bilhão para o Crédito Instalação, que pode ser usado por jovens e mulheres atendidas pela reforma agrária. Estima-se que a medida vai beneficiar 18 mil famílias.
Também foi anunciada a segunda rodada do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com crédito de até R$ 50 mil para produtores, e o aporte de R$ 48 milhões para o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). Lula também anunciou mais R$ 1,1 bilhão para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
Publicado
originalmente no Correio Braziliense
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