15 de dezembro de 2024

Prisão de Braga Netto é assunto mais comentado nas redes sociais

A maior parte das postagens nas redes comemora a prisão general quatro estrelas (Foto: Reprodução/CB)

A prisão do ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro (PL) em 2022, Walter Braga Netto, já é o assunto mais comentado nas redes sociais na manhã deste sábado (14/12). O general quatro estrelas foi levado pela Polícia Federal sob acusação de obstrução de Justiça. A maior parte das postagens nas redes comemora a prisão.

“General Braga Netto, vice de Bolsonaro preso pela PF, 7h da manhã de um sábado. TÃO OBRIGANDO A GENTE A ABRIR UMA CERVEJA”, publicou um internauta. “Daqui a pouquinho, indo ali na rua só pra provocar o Braga Netto, que não pode fazer o mesmo”, brincou outro.

A PF também cumpre um mandado contra um ex-assessor do militar, em Brasília. A ação faz parte do inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Segundo a corporação, a ação inclui  um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão "contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal".

A prisão ocorreu em Copacabana, no Rio de Janeiro, o que não passou despercebido pelos internautas. “Braga Netto foi preso em Copacabana, mesmo lugar que recebeu MADONNA e em breve vai receber LADY GAGA, eu não acredito em coincidências”, escreveu um perfil.

Parte das publicações também especula que a prisão de outros bolsonaristas e até do próprio Bolsonaro pode estar próxima. “Em menos de 24 horas a Carla Zambelli cassada e o Braga Netto preso. Estão deixando a gente sonhar…”, apostou um internauta.

“O General Braga Netto sempre foi um player sem sal, chato e zero interessante. AGORA, QUANDO CHEGAR A VEZ DO GENERAL HELENO…”, disse outro. “Velho imagina o terror que está Jair Bolsonaro nesse momento com a prisão do Braga Netto”, supor um terceiro.

O ex-ministro Walter Braga Netto foi preso, na manhã deste sábado (14/12), pela Polícia Federal, no âmbito do inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A prisão ocorreu no Rio de Janeiro, sob a acusação de obstrução de Justiça, por ordem do ministro Alexandre de Moraes. Também foi cumprido mandado de busca e apreensão contra o ex-assessor do general, em Brasília, coronel Flávio Botelho Peregrino. 

Segundo a corporação, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão "contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal". Ainda de acordo com a corporação, as medidas judiciais têm como objetivo evitar a reiteração das ações ilícitas.

Em comunicado emitido no início do mês, a defesa do general, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa do governo Jair Bolsonaro (PL), afirmou que ele "não tomou conhecimento de documento que tratou de suposto golpe e muito menos do planejamento de assassinato de alguém".

O militar havia sido indiciado pela Polícia Federal em novembro. A PF atribui ao general os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Somadas, as penas máximas previstas chegam a 28 anos de prisão.

Plano de golpe

Braga Netto é apontado pela Polícia Federal como figura central na tentativa de golpe. O relatório do inquérito da corporação afirma que "os elementos probatórios obtidos ao longo da investigação evidenciam a sua participação concreta nos atos relacionados à tentativa de golpe de Estado e da abolição do estado democrático de direito, inclusive na tentativa de embaraçamento e obstrução do presente procedimento".

O plano de golpe, segundo apurou a corporação, incluía o planejamento do assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes.

À época do indiciamento, o general também se manifestou pelo X, antigo Twitter: "Agora parte da imprensa surge com essa tese fantasiosa e absurda de ‘golpe dentro do golpe’. Haja criatividade..."

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, afirmou, em depoimento à PF em 5 de dezembro, que Braga Netto teria entregado dinheiro vivo a militares das Forças Especiais, conhecidos como “kids pretos”, para financiar o plano golpista. A informação também é rechaçada pela defesa do general.

Publicado originalmente no Correio Braziliense

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Porque Alexandre de Moraes determinou prisão do general Braga Netto


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