Bolsonaro e mais 36 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado (Foto: Pedro Ladeira)
Bolsonaro e mais 36 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal por tentativa de elaboração de um golpe de Estado. Parte do plano seria matar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
"Os militares dizem que discutiram comigo hipóteses de 142, de estado de sítio, estado de defesa. Eu discuti, sim [...] Eu sempre joguei dentro das quatro linhas. O que está dentro da Constituição você pode utilizar", alegou o ex-presidente.
"O artigo 142 pode ser usado por qualquer um dos poderes, não necessariamente o Executivo", disse Bolsonaro. O caput do artigo diz, porém, que as Forças Armadas estão "sob a autoridade suprema do Presidente da República", chefe do poder Executivo.
Na entrevista, o ex-presidente defendeu aprovação de "anistia" para os investigados por tentativa de golpe, mas não especificou a quem se referia. Ele já afirmou em outras ocasiões que defende anistiar pessoas presas pelas invasões à sede dos Três Poderes em 8 de janeiro.
Bolsonaro disse que Lula e Alexandre de Moraes deveriam se posicionar a favor de anistia "se quiserem pacificar" o país. "[Assim] zera o jogo daqui para a frente", defendeu.
O ex-presidente elogiou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, por ter criticado o indiciamento de dois deputados por discursos feitos em plenário contra um delegado da PF.
Lira defendeu a imunidade material do discurso parlamentar. "Sem essa imunidade material, plenário do parlamento brasileiro, esse terreno livre, estaria sujeito a todo tipo de limitação e censura, com claro comprometimento da atividade parlamentar", alegou o presidente da Câmara.
A ação foi exaltada por Bolsonaro. "Digo para os cem deputados que tenho na minha rede do zap [WhatsApp] prestigiarem o Arthur Lira, elogiarem ele", afirmou.
Bolsonaro também falou sobre a estadia na embaixada da Hungria em Brasília, por duas noites, no início do ano. "Eu fui para conversar, tinha que conversar lá", relatou.
Na ocasião, ele teve o
passaporte apreendido pela PF para que não pudesse fugir do país. "Eu não
sabia que precisava de passaporte para entrar em embaixada", ironizou.
Publicada originalmente no portal Correio Braziliense
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.