Os ex-governadores Ciro, Tasso, Camilo e Cid Gomes em imagens de arquivo do jornal O Povo |
O projeto de poder do PT no Ceará começou em janeiro de 2022. O partido já estava no governo havia sete anos, com Camilo Santana. Mas, não era um Camilo realmente petista. Era uma ramificação do grupo Ferreira Gomes. No começo daquele ano, o partido começou a filiar prefeitos. Ao longo de 2021, o então governador dizia que só iria tratar de eleição em 2022. Fez isso já a partir dos primeiros dias do ano. “Camilo agora resolveu ser articulador”, ouvi na época de um petista graúdo, que ria sobre a mudança de postura. Realmente, Camilo passou sete anos mergulhado na gestão e pouco envolvido na linha de frente das negociações políticas. As que tentava não davam muito certo, como movimentos para tentar aliança entre PDT e PT em Fortaleza em 2016 e 2020, ou quando quis emplacar Élcio Batista ou Nelson Martins como candidato a prefeito. Nisso, entre outras coisas, Camilo é bem diferente de Elmano de Freitas (PT). O atual governador é, desde sempre, mais enfronhado no PT. Sempre gostou mais de política, e nunca deixou de estar envolvido desde que tomou posse.