O deputado federal André Fernandes e o deputado estadual Evandro Leitão disputam o segundo turno em Fortaleza (Fotos: Reprodução/TV Band) |
A
mais parelha
A
eleição mais apertada da história de Fortaleza foi em 1988, na qual Ciro Gomes
teve 5.317 votos de vantagem sobre Edson Silva. Era outra vida, a última
eleição antes de haver segundo turno. Se houvesse na época, a eleição teria
tido uma nova fase e sabe-se lá o que teria acontecido.
Fora
aquela, a eleição mais apertada em tempos recentes foi a mais recente, em 2020.
José Sarto (PDT) venceu Capitão Wagner (União Brasil) por 43.760 votos. Em
percentuais, 51,69% contra 48,31%. Bem mais parelho do que as pesquisas
indicavam. Esses percentuais, numa pesquisa, indicariam empate técnico.
O
pleito anterior, a reeleição de Roberto Cláudio (PDT), em 2016, também não foi
um passeio. O pedetista teve 53,57% contra 46,43% de Capitão Wagner.
Curioso
que as duas eleições mais recentes foram se tornando cada vez mais disputadas.
A anterior, quando Roberto Cláudio se elegeu, em 2012, foi mais acirrada ainda
que a de 2016: 53,02% de Roberto Cláudio contra 46,98% de Elmano de Freitas
(PT), hoje governador.
Todas
as eleições do ciclo robertoclaudista, prestes a se encerrar (ou não), foram
bastante acirradas. Domingo será possível saber como começa o novo momento da
Prefeitura de Fortaleza.
Folgada?
A
vitória folgada mais recente que houve em Fortaleza foi a reeleição de
Luizianne Lins (PT). Foi a última definição em primeiro turno. Então foi
tranquila, certo? Sim, com um porém. Luizianne precisava de 50% dos votos mais
um. Teve 50,16%. Não houve segundo turno por 3.836 votos. Foi a cota de emoção.
Se tem segundo turno, o jogo recomeça.
A
última eleição sem emoção
A
primeira eleição de Luizianne, em 2004, não chegou a ser apertada. Ele passou
para o segundo turno atrás de Moroni Torgan, mas venceu por 56,21% contra
43,79%.
A
reeleição de Juraci Magalhães, em 2002, foi por margem sem grande folga: 53,97%
contra 46,03% de Inácio Arruda (PCdoB).
A
última vez que houve uma eleição em Fortaleza realmente sem competitividade
alguma e desprovida de emoção foi no século passado, em 1996, quando Juraci
Magalhães se elegeu. Ele voltava à Prefeitura após uma primeira passagem entre
1990 e 1992, quando era vice de Ciro Gomes e assumiu o cargo quando o titular
renunciou para concorrer, e se eleger, governador. Juraci teve impressionantes
63,25% dos votos. O segundo colocado, Inácio Arruda, alcançou 18,18%.
De lá para cá, não é que essa eleição está equilibrada. Eleições em Fortaleza são assim mesmo. Vencerá, arrisco-me a dizer, quem conseguir mais votos neste fim de semana.
Publicada
originalmente no portal O Povo +
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