Os prefeitos João Campos (Recife), Bruno Reis (Salvador) e JHC (Maceió) tem chances de vitória no primeiro tuno (Foto: Reprodução/TSE) |
Pesquisas eleitorais são retratos do momento, mas a preço de hoje é possível projetar que 12 capitais brasileiras podem ter definição da eleição municipal já em 6 de outubro. Em dez delas, é bem provável que não haja segundo turno. Apenas em Rio Branco (AC) e Palmas (TO) há uma margem mais parelha, com candidatos liderando próximos dos 50%, o que gera indefinição. Outras 14 capitais brasileiras devem ter o gestor municipal definido em segundo turno.
Em Macapá (AP), Dr. Furlan (MDB) caminha para ser reeleito com a maior votação do país. As pesquisas o colocam com quase 90% das intenções de voto. Por outro lado, Dr. Pessoa (PRD), prefeito de Teresina, não passa dos 4% na luta pela reeleição.
A
força do União Brasil
O União Brasil surgiu entre 2021 e 2022 da junção de dois outros partidos, o Democratas (DEM) e o PSL. A sigla caminha para governar o maior número de capitais após as eleições deste ano.
Em 2020, o DEM e o PSDB venceram em 4 capitais, ficando atrás do MDB, vitorioso em outras 5. Segundo as pesquisas deste ano, o União Brasil chega forte na disputa de nada menos do que 10 capitais, liderando em boa parte delas, inclusive em todas as capitais do Centro-Oeste. O PSD disputa com chances em sete, enquanto o MDB e o PL aparecem bem cotados em seis delas.
Bolsonarismo
x Pet
Em muitas cidades brasileiras repercute a polarização envolvendo o bolsonarismo e o PT, que tanto pauta a política nacional nos últimos anos. Nesse recorte, a projeção feita pelas pesquisas nas capitais mostram um cenário bem mais animador para os candidatos alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
O PL aparece com chances reais de vitória em seis capitais, liderando em cinco delas, enquanto o PT mostra força em três, hoje sem liderar em nenhuma. Se ampliarmos a análise para candidaturas de outras siglas com apoio das duas forças políticas, o bolsonarismo mostra-se ainda mais forte.
Candidatos próximos de Bolsonaro concorrem com reais chances em 11 capitais, enquanto em quatro estão bem as candidaturas de aliados de Lula. Cidades como Recife e Rio de Janeiro, que têm alianças envolvendo o PT liderando com folga, mostram em 2024 que o petismo está mais forte em locais onde se coliga do que com candidaturas onde encabeça a chapa.
Nordeste:
Maioria dos prefeitos lideram
No Nordeste, destaque para o alto número de prefeitos que lideram a corrida pela reeleição. Em cinco das nove capitais da região, o atual chefe do Executivo municipal aparece bem nas pesquisas: João Pessoa, Maceió, São Luis, Recife e Salvador. Em Teresina, a situação é oposta e o atual prefeito tem apenas 4% das intenções de voto. Em Fortaleza, Sarto segue na disputa por uma vaga no segundo turno, mas não aparece entre os dois primeiros.
Sul:
Bolsonarismo em alta
No Sul, as capitais dos três estados têm na liderança candidaturas próximas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, apesar de o PL não encabeçar nenhuma delas. Há ainda indefinição em todos os estados sobre quais os dois nomes que formarão o provável segundo turno que se aproxima.
Centro-Oeste:
União Brasil lidera
No Centro-Oeste, o que se vê hoje em todas as capitais é a liderança de candidaturas encabeçadas pelo União Brasil, mesmo contra candidaturas lideradas por PL e PT, de Bolsonaro e Lula. Apesar da liderança, em todos deverá haver segundo turno, inclusive com vagas ainda em aberto.
Norte:
Liderança à direita e prefeito mais popular
Das sete capitais da região Norte, cinco têm na liderança candidaturas apoiadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro: Rio Branco, Palmas, Porto Velho, Boa Vista e Macapá. Na última, o prefeito Dr. Furlan deve ser reeleito com maior porcentagem de votos dentre as capitais brasileiras.
Sudeste:
Diferentes lutas pela reeleição
O Sudeste tem diferentes lutas por reeleição. Na capital de dois dos quatro estados, Vitória (ES) e Belo Horizonte (MG), quem lidera as pesquisas não recebe apoio de Lula (PT) ou Bolsonaro (PL).
Na capital capixaba, o atual prefeito Loreno Pazolini (Republicanos) tem boas chances de vitória no 1º turno.
Em BH, o apresentador de TV Mauro Tramonte (Republicanos) deve ir ao segundo turno, mas não tem adversário definido. Em segundo aparece o atual prefeito, Fuad Noman (PSD), mas empatado tecnicamente com Bruno Engler (PL).
No
Rio, Eduardo Paes (PSD) segue com folga na liderança para se reeleger já no dia
6/10. Em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal
Guilherme Boulos (Psol) abrem margem sobre o influencer Pablo Marçal (PRTB) por
um lugar no segundo turno.
Publicado originalmente no portal O Povo +
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