18 de setembro de 2024

Ceará registra quatro desistências de candidaturas a prefeito

Em Pacujá as duas chapas foram indeferidas, Barreira e Iguatu foi desistência voluntária (Foto: Reprodução/TSE)

Pelo menos quatro candidatos a prefeituras cearenses renunciaram às suas respectivas candidaturas, em três municípios, na última segunda-feira, 16, último dia para possíveis alterações nas chapas. Candidatos em Barreira, Iguatu e Pacujá anunciaram desistências por motivos que variam entre alegações de “perseguição”, problemas com a Justiça Eleitoral ou mesmo por escolha própria devido ao cenário de polarização.

Em Iguatu, o candidato a prefeito Rafael Gadelha (PSD) e o candidato a vice Bandeira Júnior (Avante), apoiados pela atual gestão, justificaram a desistência em publicação em uma rede social, onde ambos discursaram agradecendo ao eleitorado e aos apoiadores.

“Estamos aqui para fazer um anúncio importante que impactará as eleições (...) Nós sabemos que as eleições são polarizadas, por vários fatores externos e internos, a gente viu que pelo tempo que fomos lançados, pelo tempo curto da campanha, vimos que não conseguiríamos vencer a polarização. Estou aqui, de maneira oficial, para dizer que estamos renunciando a nossa candidatura”, disse Gadelha.

No caso de Barreira, o candidato Dr. Thiago Reges (Mobiliza) anunciou a desistência da corrida eleitoral no município, distante 78,7km de Fortaleza. O agora ex-candidato explicou os motivos em publicação em postagem no stories em seu perfil do Instagram.

"Quero informar a todos vocês, por esta carta, a minha renúncia à candidatura a prefeito de Barreira. Quero ressaltar que existem perseguições políticas e de pessoas de má fé, mas a vontade do povo por mudança não pode parar", diz trecho da nota publicada.

No município de Pacujá, a renúncia dos dois candidatos que se lançaram inicialmente foi motivada por problemas com a Justiça Eleitoral. Então prefeito e candidato à reeleição, Raimundo Filho (PSB) disputaria contra José Antônio Mão Calejada (União Brasil). Ambos foram eleitos juntos como prefeito e vice, em 2020, mas romperam politicamente.

A chapa vencedora, entretanto, foi cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder econômico e compra de votos no pleito de 2020. Decisão do TSE, em sessão no último dia 12, confirmou inelegibilidade dos candidatos por oito anos, além do pagamento de multa e determinou ainda a realização de uma eleição indireta a ser realizada na Câmara Municipal.

Embora estivessem inaptos, ambos os candidatos então renunciaram e outros dois nomes foram lançados na última segunda-feira, 16. Pedro Allan (PSB) é o candidato do partido de Raimundo Filho. Do lado oposto está João Paulo da Elma (Cidadania), que substituirá Mão Calejada na chapa que disputará em outubro.

O número de desistência pode aumentar, uma vez  que o prefeito e candidato à reeleição em de Baturité, Hérberlh Mota (Podemos), está com a candidatura em julgamento pelo Tribunal Regional do Ceará (TRE-CE). Hérberlh e o vice, Irmão Carlinhos, ficaram inelegíveis após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em maio, por abuso de poder político e econômico. No entanto, na última segunda-feira, 16, o desembargador Francisco Érico Carvalho Silveira, do TRE-CE, pediu vistas do recurso da candidatura e o processo será analisado novamente na próxima quinta-feira (19/09).

Com informações portal O Povo +

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