A trajetória de Bia rumo à medalha olímpica foi gloriosa (Foto: David Ramos) |
Nos
Jogos do protagonismo feminino — a equipe verde e amarela tem mais mulheres do
que homens pela primeira vez —, a primeira conquista dourada do Brasil não
poderia ser conquistada de outro jeito. O ouro também confirma a ascensão delas
evidenciada em outras edições olímpicas. Coincidentemente, os primeiros topos
de pódio em Londres-2012 e Rio-2016 foram conquistados por judocas: Sarah
Menezes e Rafaela Silva. Com a prata de Willian Lima (66kg), o bronze Larissa
Pimenta (52kg) e o ouro de Beatriz Souza (+78kg), o esporte chega à 27ª medalha
olímpica.
A luta pelo ouro, Bia entrou de branco sob aplausos da torcida. Em boa quantidade, os brasileiros fizeram questão de tentar fazer a diferença no duelo. O confronto entre as judocas foi imediato. Enquanto procurava o encaixe do golpe, a atleta verde e amarela tomava cuidados defensivos. Com 44 segundos, aplicou um waza-ari, com um O-soto-guruma. Mesmo em vantagem, seguiu combativa. A postura minimizava os riscos e possíveis punições. Na reta final da luta, as duas receberam shiddos. O tempo parecia eterno, mas foi controlado na tranquilidade da atleta do país para ser eternizado.
A trajetória de Bia rumo à medalha olímpica foi gloriosa. Participando pelas primeira vez de uma edição de Jogos Olímpicos, não se intimidou com as adversidades ao longo do caminho e acumulou vitórias memoráveis. Na estreia, a brasileira precisou de apenas 41 segundos para aplicar harai-goshi e vencer a nicaraguense Izayana Marenco por ippon. A tranquilidade deu confiança à judoca verde e amarela.
Nas quartas de final, viveu momento com certa polêmica. No Golden Score, a sul-coreana Kim Hayun partiu ao ataque e engatou um golpe arriscado. Primeiro, a arbitragem marcou ippon para a asiática. Na revisão, mudou a decisão e sinalizou waza-ari e vitória de Bia. Na semifinal, veio duelo mais difícil. Além de ser a atual número um do mundo, a francesa Romane Dicko lutava com o apoio da torcida. Mas isso não se refletiu no tatame: sofreu um ippon no golden score, a prorrogação do judô.
Durante
o ciclo olímpico rumo a Paris-2024, Beatriz Souza havia demonstrado bastante
potencial de se tornar uma medalhista olímpica. A judoca de 26 anos foi campeã
do Grand Slam de Baku, no Azerbaijão, e do Grand Prix de Linz, na Áustria. Em
Mundiais, faturou pratas nas edições de 2021 e 2023. Agora, está na eternidade
da modalidade no país, com a medalha conquistada nos Jogos Olímpicos da França.
Com
informações Correio Braziliense
Leia também:
Judoca Beatriz Souza dedica medalha de ouro à avó que morreu há dois meses
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.