Cortejo com o Pau da Bandeira percorreu as ruas de Barbalha (Foto: André Duarte) |
Populares e devotos participaram ontem da tradicional Festa do Pau da Bandeira de Santo Antônio, em Barbalha, em celebração ao religioso e padroeiro do município caririense. Além de evidenciar a cultura e a fé local, o momento alimenta a esperança dos que enxergam no "santo casamenteiro" uma oportunidade de encontrar um relacionamento amoroso.
Conforme dados da Secretaria da Cultura de Barbalha, a estimativa inicial era que cortejo reunisse de 250 mil a 300 mil pessoas somente ontem. Por volta das 16 horas, um público considerável já se aglomerava mesmo sob sol forte.
A celebração, considerada patrimônio imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), desde 2015, tem origem em uma prática realizada ainda em 1860 - quando sob orientação do Padre Ibiapina, moradores passaram a pendurar bandeiras em suas portas.
Os enfeites eram um símbolo de que a residência celebrava Santo Antônio. Tempos depois, em 1928, o gesto foi substituído pelo carregamento do tronco em uma espécie de cortejo, fazendo o hasteamento da bandeira passar a simbolizar a fé dos devotos locais.
Neste ano, o tronco escolhido como mastro para a bandeira veio de uma copaíba encontrada no Sítio São Joaquim. Ele foi cortado no dia 17 de maio, tem 23 metros e pesa 2,5 toneladas.
No sábado, 1°, a taxa de ocupação dos hotéis da cidade já estava próxima de 100%, segundo a Secretaria.
O evento integra uma série de festejos cuja programação começou em Barbalha já na sexta-feira, 31, e seguirá até 13 de junho. Na fama de "casamenteiro", Santo Antônio ganha nesse período o pedido de pessoas que estão em busca de um par para a vida. No sábado foi realizada a Noite das Solteironas, na rua da Matriz, no Centro. Quem deseja se casar faz simpatias para o Santo.
Na tarde de ontem, o cortejo do Pau da Bandeira passou pelo corredor cultural, na rua do Vidéo. Devotos buscam pequenos fragmentos do tronco acreditando que seu chá atrai relacionamentos abençoados.
Da janela de sua casa, a advogada Socorro Luna, 70, "a solteirona mais famosa do Brasil", distribuía o chá feito da casca do pau e outros itens para quem deseja deixar a solteirice: a pinga "xô caritó", o pó "cata-marido" e fitas que suplicam "Santo Antônio, tende piedade de nós, as solteironas".
Com
informações portal O Povo +
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