29 de abril de 2024

Cinco maiores açudes do Ceará atingem melhor nível da última década

Sangradouro do açude Araras em Varjota (Foto: Emanuell Coelho)

Os volumes de chuvas registrados em 2024 e em 2023 afetaram diretamente os reservatórios hídricos do Ceará. Atingindo 56% da capacidade, os açudes estão no melhor nível desde 2012. Entre eles, Castanhão (Alto Santo), Orós (Orós), Banabuiú (Banabuiú), Araras (Varjota) e Figueiredo (Alto Santo), os cinco maiores do Estado, receberam aportes consideráveis e superam marcas da última década.

O Castanhão, maior barragem da América Latina, está com 35,61% da capacidade preenchida. A última vez que o açude alcançou esse volume foi em 2014. Naquele ano, no entanto, a quantidade estava em decréscimo quando comparada aos anteriores. Hoje, a porcentagem representa uma considerável recuperação do nível do açude.

Apenas de janeiro a abril, o Castanhão teve recarga de 919 hectômetros cúbicos (hm³), o equivalente a 919 bilhões de litros de água. É o açude com maior aporte em 2024, conforme dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).

O Orós, segundo maior reservatório do Ceará (e do Brasil), recebeu 494 hm³ de aporte e atingiu 73,57% da capacidade hídrica. A barragem não chegava a esse volume desde 2012, primeiro ano da mais longa seca da história do Estado.

Já o terceiro maior açude do Estado, o Banabuiú, está 42,14% cheio, marca que não é registrada desde 2013. Ele recebeu 107 hm³ de aporte em 2024.

O único entre os maiores açudes que está sangrando é o Araras. Com 859,5 hm³ de capacidade, é o segundo ano seguido que o quarto maior reservatório do Estado chega a 100% do volume. Em 2023, o Araras também atingiu a sangria, o que não ocorria desde 2011.

Mais jovem do ranking, o açude Figueiredo, inaugurado em 2013, tem o melhor nível desde sua criação. Dos 497 hm³ de capacidade que possui, 33,01% estão preenchidos.

Ao todo, 73 dos 157 açudes monitorados pela Cogerh estão sangrando. Outros nove reservatórios estão com capacidade acima de 90% e 19 têm volume abaixo dos 30%. Conforme a última Resenha Diária publicada pelo órgão, no dia 27 de abril, cinco barragens estão em volume morto.

Com informações portal O Povo +

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