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11 de abril de 2024

Araras, quarto maior reservatório do Estado, é 53° açude a sangrar no Ceará

O açude é o maior reservatório da região hidrográfica do Acaraú (Foto: Manuel Augusto)

O açude Paulo Sarasate, popularmente conhecido como Araras — localizado no município de Varjota, a 272 quilômetros de Fortaleza —, ultrapassou o volume máximo suportado e se tornou o 53° açude a sangrar no Ceará em 2024. Com capacidade para 859 hectômetros cúbicos (hm³), o Araras é o quarto maior reservatório de água do Estado, atrás apenas do Castanhão, com aporte para 6.700 hm³, Orós, com 1.940 hm³, e Banabuiú, que comporta até 1.534 hm³.

Maior reservatório da região hidrográfica do Acaraú, a quarta que comporta mais águia no Estado, o Araras passou três anos sem sangrar. A sequência foi interrompida no ano passado, no fim de abril. Antes disso, o Paulo Sarasate ficou entre 2011 e 2020 sem encher, devido à mais longa seca da história do Ceará.

Com a cheia do Araras, a bacia do Acaraú chegou a 95,46% da capacidade, com 9 dos 15 açudes vertendo. É, proporcionalmente, a terceira região hidrográfica mais cheia, atrás da do Litoral (100%) e a do Coreaú (98,93%).

Segundo o cenário atual, mais uma vez o Araras será o maior açude cearense a sangrar. Isto porque o volume dos três reservatórios maiores ainda têm déficit hídrico que remonta ao período de estiagem. O Castanhão, maior da América Latina, acumula 1.990,15 hm³ dos 6.700 hm³ possíveis. Ou seja, apesar de ter água suficiente para encher qualquer açude do Brasil, ele está em 29,7% do potencial. Até hoje, ele teve abertas as comportas duas vezes, em 2004 e em 2009.

Já o Orós, segundo maior do Brasil, está 59,51% cheio de água. A vez mais recente em que ele sangrou foi em 2011. O Banabuiú, fincado no Sertão Central cearense, saiu de situação crítica no ano passado, quando mais que triplicou de volume. Hoje, ele está em 39,05% da capacidade, um grande avanço, uma vez que em 2018 ele chegou a estar abaixo de 1%.

Além do Araras, o açude Mundaú, em Uruburetama, também atingiu capacidade máxima nos últimos dias. Com esses registros, o Ceará chega ao número de 17 novos açudes acima da capacidade máxima desde o início de abril, quando 36 reservatórios estavam transbordando. Os dados são do Portal hidrológico da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), que monitora 157 açudes públicos no Estado.

Outros 15 açudes estão com volume acima dos 90% da capacidade total, sendo seis na bacia hidrográfica Metropolitana, quatro na bacia do Salgado, dois em Coreaú, uma no Médio e no Alto Jaguaribe e uma em Acaraú. Ainda conforme a pasta, 30 açudes do Ceará permanecem com volume abaixo de 30%.

Com dois novos açudes sangrando desde os últimos registros, feitos no início desta semana, o Ceará atingiu 49,8% da capacidade hídrica total. 

Confira os açudes que estão sangrando no Ceará: 

Acaraú Mirim (Massapê);

Araras (Varjota);

Arrebita (Forquilha);

Carmina (Catunda);

Edson Queiroz (Santa Quitéria);

Forquilha (Forquilha);

Jenipapo (Meruoca);

São Vicente (Santana de Acaraú);

Sobral (Sobral);

Caldeirões (Saboeiro);

Fogareiro (Quixeramobim);

Poço do Barro (Morada Nova);

Quixeramobim (Quixeramobim);

São José I (Boa Viagem);

Umari (Madalena);

Angicos (Coreaú);

Diamante (Coreaú)

Diamantino II (Marco);

Gangorra (Granja);

Itaúna (Granja);

Tucunduba (Senador Sá);

Várzea da Volta (Moraújo);

Desterro (Caridade);

Frios (Umirim);

Itapajé (Itapajé);

Jerimum (Irauçuba);

São Domingos (Caridade);

São Mateus (Canindé);

Tejuçuoca (Tejuçuoca);

Gameleira (Itapipoca);

Gerardo Atimbone (Sobral);

Missi (Miraíma);

Mundaú (Uruburetama);

Patos (Sobral);

Poço Verde (Itapipoca);

Quandú (Itapipoca);

Santa Maria de Aracatiaçu (Sobral);

Santo Antônio de Aracatiaçu (Sobral);

São Pedro Timbaúba (Miraíma);

Ema (Iracema);

Acarape do Meio (Redenção).

Aracoiaba (Aracoiaba);

Batente (Ocara)

Catucinzenta (Aquiraz);

Cauhipe (Caucaia);

Germinal (Palmácia);

Itapebussu (Maranguape);

Pacajus (Chorozinho)

Pesqueiro (Capistrano)

Tijuquinha (Baturité);

Rosário (Lavras da Mangabeira);

Do Batalhão (Crateús);

Sucesso (Tamboril).

Com informações portal O Povo +

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