Reuniões como a de ontem são para rearrumar as posições e cobrar explicações e melhorias (Foto: Ricardo Stuckert) |
"Todo mundo sabe que ainda falta muito para a gente fazer, em todas as áreas. E esse muito não é nada estranho. É tudo aquilo que nos comprometemos a fazer durante a disputa eleitoral", alertou.
Reuniões como a de ontem são para rearrumar as posições e cobrar explicações e melhorias. O pano de fundo foi a queda na popularidade de Lula e na aprovação do governo, como apontaram pesquisas de opinião.
Apesar de integrantes do Palácio do Planalto terem atribuído os maus percentuais à comunicação ineficiente — já que a percepção negativa do eleitorado vai no sentido inverso ao dos bons resultados econômicos de 2023 —, o presidente deu a entender que não se trata apenas de fazer uma melhor divulgação das iniciativas governamentais. A melhoria na percepção da população passa, também, por entregar o que a sociedade espera.
Por isso, enfatizou que as realizações do primeiro ano de mandato "não bastam". Lula dera a entender, na semana passada, que 2023 passou e, agora, a popularidade só será recuperada com o que será apresentado ao longo deste e dos próximos anos.
"Todo mundo aqui sabe que recuperar uma coisa estragada é mais difícil do que começar uma nova. Todo mundo sabe a quantidade de obras em cada área que vocês pegaram, sobretudo na Saúde. Foi um trabalho hercúleo para recuperar tudo isso", reconheceu.
O presidente advertiu, ainda, que o governo terá de trabalhar com limitações orçamentárias, o que demandará a aplicação mais criteriosa do dinheiro público. "O pessoal já olha para a Simone Tebet (ministra do Planejamento e Orçamento) achando que é ela que está cortando; ou para o (Fernando) Haddad (ministro da Fazenda). Muitas vezes, é a necessidade que está cortando. Vamos ter que fazer um trabalho imenso para repor, porque sem dinheiro os ministérios não funcionam", frisou Lula.
Todas as advertências que o presidente fez, porém, não quiseram dizer que considera eficiente a divulgação do governo. Ao ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, Lula foi enfático.
"Se as pessoas não falam bem da gente, ou das coisas que a gente faz, nós é que temos que falar", advertiu.
Mas a reunião não serviu apenas para que Lula se queixasse. Ele elogiou a equipe, sobretudo o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, por ter, segundo o presidente, aberto 98 novos mercados externos para os produtos brasileiros.
Fávaro, por sinal, é o responsável por construir pontes entre o governo e o agro — setor ainda majoritariamente bolsonarista. Senador licenciado pelo PSD matogrossense, ele está por trás da organização de um churrasco, previsto para quinta-feira, na Granja do Torto, de Lula com representantes do setor agrícola.
Com
informações Correio Braziliense
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