O presidente do PT Ceará, Conin, os deputados Diassis e Guilherme Sampaio reagiram às falas de Cid no ato do PSB (Foto: Reprodução/Facebook)
Um dia depois do ato de filiação de Cid Gomes ao PSB, petistas reagiram às falas do senador, para quem “não é bom para a política no Ceará ter um partido só com as três principais posições” (da administração do Executivo).
Proferida durante o evento desse domingo, 4, a declaração de Cid fez alusão aos governos federal e estadual, ambos geridos pelo PT, e a uma possível vitória de candidato da legenda na corrida pela Prefeitura de Fortaleza neste ano.
Deputado estadual e presidente municipal petista na capital cearense, Guilherme Sampaio disse ao O POVO nesta segunda-feira, 5, que “é natural e legítimo que cada partido defenda a tese que considera a mais apropriada para se fortalecer”, mas que o que “determina esse tipo definição é a conjuntura política do momento”.
“Aqui mesmo no Ceará”, continuou o parlamentar, “já tivemos vários momentos em que Prefeitura, governo estadual, federal, e muitas vezes o próprio parlamento, estivesse sob o comando de um mesmo grupo político”.
Ainda em 2012, à frente do Abolição, Cid lançou ao Paço o então deputado estadual e correligionário Roberto Cláudio, à época chefe do Legislativo e ao final vencedor na disputa pela sucessão de Luizianne Lins (PT).
Para Sampaio, “no caso do PT em relação a Fortaleza, essa definição política já está dada, teremos candidatura própria, e temos recebido sinalizações de unidade dos partidos da base para construirmos coletivamente esse caminho”.
“Política é vida real, não é manual”, emendou, acrescentando que, “particularmente, nosso sentimento é de que Fortaleza pede uma candidatura do PT como alternativa à atual gestão” e que tem “a expectativa de que o senador Cid será um grande parceiro na construção desse projeto”.
Dirigente estadual do PT no Ceará, Antônio Filho (Conin) foi na mesma toada. De acordo com ele, “se a premissa (de que o mesmo partido não pode concentrar posições) fosse adotada, o PT não poderia ter candidatos a prefeito no Ceará, no Piauí, na Bahia e no Rio Grande do Norte”.
“E o PSB”, prosseguiu Conin, “que tem o vice-presidente da República (Geraldo Alckmin), não poderia ter candidaturas a prefeito no Maranhão, na Paraíba e no Espírito Santo”.
O petista avaliou que “é óbvio que não se trata de uma formulação razoável” e que, ao contrário, entende “que as políticas públicas que estamos implementando no governo federal e no governo estadual acontecem de verdade é no dia a dia das cidades”.
“Ter gestores locais identificados com esse projeto aumenta a possibilidade de êxito dessas políticas no âmbito local. As pessoas moram, trabalham, estudam, vivem enfim é nas cidades”, defendeu.
Deputado estadual e um dos entusiastas da candidatura de Evandro Leitão (PT) à Prefeitura de Fortaleza, Francisco de Assis Diniz assinalou que “partido que não quer chegar ao poder não é partido”.
Segundo ele, “há uma lógica, e essa lógica historicamente s observou no Ceará”, que consiste no alinhamento entre as esferas de poder, que varia conforme as circunstâncias políticas e ao sabor dos ciclos.
“Quando Fernando Henrique Cardoso era presidente do PSDB, todas as estruturas eram do PSDB. Depois, quando Cid foi governador (2006-2010/2011-2014), todos estavam na hierarquia alinhados com a mesma lógica: governo, prefeitura, presidente, Câmara”, respondeu De Assis, citando nominalmente, além de Cid, o então presidente da Assembleia, Zezinho Albuquerque, e RC, eleito para a Prefeitura em 2012 e reeleito em 2016.
Essa tendência, seguiu o petista, justificaria as pretensões do partido na capital cearense, sendo “mais do que natural que o PT dispute e organize seus espaços”.
“Não vejo contradição. Eleição é em dois turnos, todos podem lançar suas candidaturas e apresentar seus projetos. E quem tem que decidir esse alinhamento, pela própria vontade soberana, é o voto popular”, complementou.
Atualmente, o PT tem cinco pré-candidatos à sucessão do prefeito José Sarto (PDT): os deputados estaduais Larissa Gaspar, Evandro e Guilherme; o secretário Artur Bruno; e a ex-prefeita e deputada federal Luizianne Lins.
Com
informações portal O Povo +
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