Cid reafirmou entendimento de que não acha bom para a política um único partido monopolizar as principais posições de governo (Foto: Fábio Lima) |
Realizado no Marina Park Hotel, o evento também filiou a secretária-executiva do Ministério da Educação, Izolda Cela, e foi acompanhado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Na ocasião, o senador também reafirmou entendimento de que não acha bom para a política um único partido monopolizar as principais posições de governo.
"Não
acho que é certo você querer tudo, ser dono de tudo. Nessa mesma lógica, eu já
disse publicamente. É o que penso. Não é bom para política, não é
especificamente o PT, não é bom para a política do Ceará, que nos últimos anos
tem sido uma política que várias forças se somam, ter uma força só, um partido
só com as três principais posições", disse. Apesar de Cid dizer não se
referir diretamente ao PT, a fala acaba soando como "recado" à sigla.
No contexto atual cearense, o PT detém a Presidência da República, com Lula, o Palácio da Abolição, com Elmano de Freitas, e se articula para lançar nome próprio à Prefeitura de Fortaleza. "A gente deve pensar dessa forma. Vamos compartilhar os espaços, é mais luz, mais ideias (...) O que eu desejo para Fortaleza é isso, que a gente veja uma nova liderança, com gás, energia e que dê uma movimentada na Cidade", afirmou ainda.
Apesar disso, evento foi marcado por acenos de Cid para diversas lideranças do PT, como Luizianne Lins (PT), José Guimarães (PT) e o recém-filiado Evandro Leitão (PT). Em mais de uma ocasião, o senador também destacou o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), como "a maior liderança do Ceará" hoje. "Quando procurei Camilo para ser governador, não foi para ser capacho meu", disse, chegando a chamar o petista de "irmão".
A filiação ao PSB acaba também selando o rompimento entre Cid e o irmão Ciro Gomes, que segue no PDT. Entre os 40 prefeitos filiados neste domingo ao PSB, 35 eram pedetistas, o que contraria o trabalho realizado hoje pelo ex-presidenciável por fortalecer a sigla no Estado. Até este domingo, o Ceará era o Estado onde o PDT possuía maior força. Era que chega ao fim.
Durante o evento, Cid chegou a chamar ao centro do palco dois de seus irmãos - a deputada estadual Lia Gomes (PDT) e o prefeito de Sobral, Ivo Gomes (PDT) -, mas citou o primogênito do clã Ferreira Gomes apenas no momento em que contava uma piada sobre a altura de ex-governadores do Ceará. "Eu sou o maior governador da história do Ceará (...) porque tenho 1,84m de altura. Nenhum anterior foi maior", disse, incluindo Ciro na "conta".
Essa
será a primeira vez que Cid e Ciro vão militar em partidos diferentes desde que
ambos se filiaram ao MDB, ainda em 1983. De lá para cá, eles passaram juntos
por PSDB, PPS, PSB, Pros e PDT. Como Ciro deve apoiar a reeleição de José Sarto
(PDT) neste ano, eles também deverão apoiar candidatos adversários na eleição
em Fortaleza.
Como o PSB já dizia ter 21 prefeitos, a sigla chega agora aos 61 gestores no Estado. Presidente local do partido, Eudoro Santana comemorou as filiações, destacando que tem trabalhado para "recolocar" o PSB no campo da esquerda. "O PSB sempre esteve ao lado da esquerda, sempre apoiou as candidaturas do hoje presidente Lula", afirma.
Com
informações portal O Povo +
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