A empresa informou um aumento em 50% o número de equipes de manutenção em campo (Foto: Divulgação/Enel) |
A avaliação dos empresários sobre o período de Carnaval em 2024 é negativa. Para os bares, restaurantes e barracas de praia uma série de prejuízos já são contabilizados e, conforme O POVO apurou, eles devem notificar a Enel e buscar o ressarcimento dos prejuízos causados pela falta de energia.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Ceará (Abrasel-CE), Taiene Righetto, esse foi o pior período de Carnaval já experimentado pelo setor, inclusive sendo pior do que as dificuldades experimentadas no Réveillon.
Estava previsto que 85% do total de estabelecimentos associados à Abrasel abrissem as portas durante o feriadão, no entanto, por conta dos problemas causados pelas chuvas e quedas de energia, quase metade desistiram de abrir.
Taiene conta que, mesmo com o restabelecimento da energia, empresários do setor ainda relataram oscilações e baixa tensão, o que impedia que aparelhos funcionassem devidamente, inclusive em áreas turísticas de Fortaleza, impedindo o pleno atendimento de turistas que visitavam a Cidade.
Houve casos de empresários com prejuízos porque as mercadorias estragaram. Taiene destaca que a Enel até manteve um canal exclusivo para atender os empresários, mas o que se pode ver foi que boa parte dos bares e restaurantes não tiveram condições de abrir no feriado.
"Foi caótico. Para esse Carnaval a gente tinha uma expectativa até razoavelmente positiva, mas virou prejuízos absurdos. Calculamos uma perda de pelo menos de 50% do faturamento que esperávamos", explica Taiene.
No que se refere aos hotéis e pousadas, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Ceará (ABIH-CE), Régis Medeiros, lamentou as seguidas horas sem abastecimento de energia durante o fim de semana. Ele conta que esse problema tem se repetido por anos seguidos e gera prejuízos para o setor, já que gera prejuízo ao bem-estar dos hóspedes.
"Ao exemplo do Réveillon, é um problema da Enel no nosso Estado. Uma pousada ter de passar 12 horas ou mais sem energia e não tiver um gerador para manter todo equipamento, como geladeiras, restaurantes, quartos, água quente funcionando. É um transtorno gigante", pontua.
Ainda no sábado, 10, o pior momento do feriadão: as chuvas torrenciais na Capital e em parte da Região Metropolitana. Dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) mediram mais de 200 milímetros de chuva.
O saldo negativo foi de cem ocorrências diversas na Grande Fortaleza, além de 16 postes quebrados. Em respostas, a Enel aumentou em 50% o número de equipes de manutenção em campo.
Durante o fim de semana, foram registradas precipitações em mais de 90 municípios do Estado. O clima motivou uma série de ocorrências, como quedas de árvores, danos a estruturas de estabelecimentos e alagamentos, além de danos à infraestrutura de distribuição de energia.
Em uma das ocorrências, no domingo, 11, uma queda de energia elétrica impactou o Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Como detém gerador de energia, o abastecimento foi retomado 15 minutos depois da pane, ocorrida às 5h40min.
Em meio às fortes chuvas, o ambiente de atendimento do HGF também enfrentou alagamentos no piso térreo.
Das mais de uma centena de ocorrências durante o fim de semana - quando as chuvas e alagamentos foram registrados - o balanço de resolutividade da Enel apontava que 98% dos clientes já estavam com a energia elétrica restabelecida na manhã de terça-feira, 13.
Ontem, em entrevista à Rádio O POVO CBN, o responsável pela Operação e Manutenção da Enel, Marcelo Gomes, esclareceu que a empresa seguiu um critério próprio de priorização.
Segundo a companhia, nenhuma cidade, distrito ou bairro da área de concessão está sem energia e que apenas alguns casos isolados ainda são atendidos.
"Com as fortes chuvas e ventos em todo o Estado, tivemos graves ocorrências com a quebra de cabos e postes em nossa rede e isso prejudicou o tempo de reposição, potencializado principalmente em Fortaleza. Então, Fortaleza e Região Metropolitana tiveram os maiores picos de ocorrências, mas estávamos preparados para esse período de Carnaval com um plano especial", comentou.
Com
informações portal O Povo +
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