Outros 100 km entre Lavras da Mangabeira e Acopiara estão em obras de infraestrutura (Foto: Reprodução/Marquise) |
A continuidade da construção é possível devido à garantia de recursos para a contratação e a ordem de serviço dos lotes 4 e 5, que serão executados de forma simultânea.
O início dos trabalhos é previsto para até março e a conclusão, segundo a Marquise, em menos de dois anos. O valor do contrato não foi revelado.
De geração de empregos são previstos até 1.300 postos de trabalhos diretos e mais que o dobro de forma indireta nas cidades da construção.
“É o tipo de obra que nos deixa muito entusiasmados. Estamos escrevendo mais um capítulo importante na história do Ceará, estado onde o Grupo Marquise iniciou suas atividades. Uma obra robusta, que vai dinamizar a economia do Ceará e do Nordeste numa época onde o prenúncio de seca representa risco real de desemprego e falta de oportunidades”, frisa Renan Carvalho, diretor da Marquise Infraestrutura.
O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT) esteve em Brasília ainda neste mês de janeiro em uma reunião com o Governo Federal para viabilizar o financiamento e concluir as obras da Transnordestina.
O valor requerido por Elmano é para a construção da ferrovia que liga o município Eliseu Martins (PI) ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CE).
Assim, ele espera que o número de cargas movimentadas no Porto do Pécem seja dobrado.
No fim de outubro, a Diretoria Colegiada da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), aprovou a parcela de R$ 811 milhões do financiamento da Transnordestina Logística (TLSA).
Esta liberação era a última parcela referente ao aporte passado da construção. Mas, para finalizar de fato, mais recursos serão necessários, conforme afirmou a Sudene à época.
Novos valores já estão sendo estruturados pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Casa Civil e pela própria Superintendência.
Por meio de nota, o órgão informou que já havia pago R$ 3 bilhões em valores não atualizados à empresa da Transnordestina, via Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE).
Porém, o montante de participação da Sudene na ferrovia por meio do fundo chega a R$ 3,8 bilhões.
O próximo passo, conforme a TLSA, é contratar as obras iniciais de estruturas de três novos lotes, ligando Acopiara a Quixadá, um trecho de 151 km de ferrovia.
Segundo
a empresa, no Ceará, há 136 km totalmente executados e outros 100 km em obras
de infraestrutura (lotes MVP02 e MVP03, entre Lavras da Mangabeira e Acopiara).
Entenda o que é a Transnordestina
A Ferrovia Transnordestina é a maior obra linear em execução no Brasil. Com 1.209 km de extensão em linha principal, a ferrovia de classe mundial passa por 53 municípios, partindo de Eliseu Martins, no Piauí, em direção ao porto do Pecém, no Ceará, passando por Salgueiro, em Pernambuco. O projeto realiza o antigo sonho de integração nacional, além de incentivar a produção local e promover novos negócios.
A obra é feita com recursos da CSN, Infra (anteriormente denominada Valec), Finor, BNDES, BNB e Sudene. A ferrovia transportará grãos, fertilizantes, cimento, combustíveis, minério, etc.
Ao promover a integração, a Transnordestina se consolida como
um elo fundamental para dinamizar a economia do Nordeste e aproximar o Brasil
dos principais mercados mundiais.
Somente os lotes 4 e 5 que serão iniciados agora, serão executados 5 milhões de metros cúbicos de movimento de terra, 11 viadutos , 5 pontes e todo o sistema de drenagem, além das camadas de sub lastro do corpo da Ferrovia.
Com
informações portal O Povo +
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