Papa Francisco durante celebração neste domingo no Vaticano (Foto: Alberto Pizzoli) |
Uma fé, por mais íntima que seja, tem o poder de unir ou separar povos. Justifica pazes e guerras. Acolhimentos ou inquisições. Muda a história da humanidade.
No desenrolar dos milênios, a Igreja Católica foi a fundamentação teórica de dogma. Conceito que se confunde, se mistura, com conservadorismo. Cabe aos papas, infalíveis, regrar a sociedade a servir a Deus conforme feito por milênios.
A instituição Igreja Católica Apostólica Romana perdeu espaço. Ganhou concorrência. Maior país católico do mundo, o Brasil é hoje uma nação majoritariamente evangélica. A população conservadora migrou para dogmas mais individualistas, com a teologia da prosperidade, e para templos mais próximos, a cada esquina.
Veio assim um papa novo. Para trilhar um caminho desconhecido. A Igreja vacila, distante dos fiéis que mais carecem dela. Tenta se dobrar a várias correntes — uma fé mais social, ligada aos direitos humanos; uma fé mais tradicional, fincada no conservadorismo.
O documento "Fiducia supplicans", publicado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé, autoriza uma bênção não litúrgica para casais homossexuais e pessoas divorciadas (no civil). Assim, reconhece e abraça quem considera pecadores. Acolhe sob o mesmo teto, na base cristã do amor ao próprio.
Dá
pouco, porque serve também a quem quer que a Igreja nunca mude. Nunca cresça.
Nunca evolua.
Com
informações portal O Povo +
Leia também:
Dom Gregório Paixão: Embalado por braços de ternura
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.