O futuro partidário de aliados do senador Cid Gomes continua indefinido |
A reunião do senador Cid Gomes (PDT) e grupo de aliados com deputados estaduais, deputados federais e prefeitos realizada ontem (18/12), terminou novamente sem definição. O destino partidário ficará para meados do mês de janeiro. As legendas na mira dos parlamentares são Podemos e PSB, mas o adiamento tem a ver com a espera da sigla socialista, que é de maior interesse do grupo.
"Pela política estadual e pela manifestação de algumas pessoas, principalmente do Eudoro (Santana, presidente estadual do PSB), há um chamado para que a gente vá para o PSB. Mas o PSB, que é uma preferência muito ampla por ele, não está de todo resolvido", disse Cid.
O senador, ainda presidente do PDT Ceará, e os demais do grupo aguardam uma resposta do PSB Nacional referente ao acordo entre os dois partidos sobre Recife. O prefeito da capital pernambucana, João Campos, é do PSB, enquanto a vice, Isabella de Roldão, é do PDT.
Presidente nacional da sigla trabalhista, o deputado André Figueiredo tem dito que o apoio do PSB ao PDT em Fortaleza é condição para a sigla apoiar o PSB na capital pernambucana.
"O João está muito bem avaliado, vai ter a possibilidade de fazer agora uma aliança mais ampla do que fez na sua eleição, inclusive com apoio do PT, que não teve (no pleito de 2020), (inclusive) disputou com ele a eleição, e agora ele reúne todas as comissões para se Deus quiser ser eleito no primeiro turno", contou o senador.
Cid acrescentou que "tudo o que a gente não quer numa eleição é marola, que tenha problema, e o PDT Nacional tem demandado que em troca do apoio do PDT em Recife o PSB apoie em Fortaleza, mas acho que isso pra gente fica extremamente contraditório. Nós estamos saindo do PDT basicamente por uma visão diferente de uma seção do partido que está concretada em Fortaleza".
O PSB, presidida no Ceará por Eudoro Santana, deliberou que não irá apoiar a reeleição do prefeito de Fortaleza José Sarto (PDT), colocando em dúvida a aliança em Recife. Na última semana Cid Gomes se encontrou com Carlos Siqueira, presidente do partido.
O senador também afirmou que o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), tem defendido o grupo dentro da sigla, e acrescentou que irá conversar com outras lideranças do partido, com foco nos nomes de Pernambuco.
Cid destacou que a aliança em Fortaleza com o grupo do governador Elmano de Freitas e do ministro Camilo Santana (ambos do PT) é crucial na decisão. "Uma questão que é fundamental no projeto cearense que é a harmonia e unidade no projeto do estado que se faz representar na capital também. Então isso precisa ser equacionado com algumas conversas".
Em função das dúvidas em relação ao PSB, a decisão não foi tomada nesta segunda. "Para que a gente possa esgotar as alternativas, inclusive a preferencial do grupo, nós combinamos de adiar", explicou o senador.
"Nas conversas em Brasília, o presidente do PSB pediu até janeiro para ver se equacionava os problemas para que tudo fique nos conformes, mas espero que a gente possa resolver antes disso", acrescentou Cid.
Podemos
segue no radar
O Podemos, porém, segue como alternativa. Principalmente porque, sem a definição sobre a questão do Recife, o PSB hoje tem obstáculos para receber os dissidentes pedetistas. "A partir do momento que o PSB não se coloca de forma definitiva como alternativa, o Podemos na prática é a alternativa que a gente tem hoje", afirmou Cid.
O senador minimizou a proximidade do partido com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Político bolsonarista tem em todo lugar, mas não é a maioria do partido. Lá no Senado eu convivo, tem uma pessoa que, embora eu não reconheça como bolsonarista, defende todas as teses, um dos sete senadores. E na Câmara o partido faz parte da base do apoio ao presidente Lula. Não é esse problema não".
Cid ainda citou que durante a reunião, ele e os filiados analisaram o cenário dos possíveis partidos, identificando no Podemos um problema em um município, enquanto no PSB o conflito seria em um número maior de cidades. "Mas ao meu juízo, são problemas resolvíveis", afirmou.
Outra questão que não seria uma dificuldade para o grupo de Cid no Podemos é a posição dos deputados federais em comissões.
"Pros deputados federais há um problema que o Podemos equacionaria, nós temos quatro deputados federais (...), todos participam de comissão, mas pelo menos dois deles fazem grande parte do seu exercício parlamentar em comissões, comissões temáticas da casa, o Idilvan (Alencar), na comissão de educação, e o Mauro (Filho), na comissão de finanças e tributação, corre o risco, embora a gente vá ter todos os cuidados, em relação a uma desfiliação (...)", finalizou.
Com
informações portal O Povo +
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