Reunião da bancada federal do Ceará (Foto: João Paulo Biage) |
Após semanas de impasse que quase deixaram o Ceará sem os valores das emendas de bancada no Orçamento da União, houve acordo sobre como aplicar os mais de R$ 300 milhões. Desse total, R$ 133.917.910,80 milhões vão para tratamento oncológico do Estado, solicitado pelo governador Elmano de Freitas (PT) com objetivo de reduzir o tempo de espera e ampliar a rede de atendimento.
Todos os parlamentares destinaram algum valor para essa finalidade. Elmano havia pedido R$ 158 milhões das emendas de bancada. No total, os parlamentares cearenses destinaram R$ 181.962.553,94 milhões para a saúde do Ceará.
As emendas de bancada, diferentemente das individuais, existem com intenção de fazer investimentos definidos de forma coletiva. Porém, os parlamentares do Estado passaram a ratear o valor e definir individualmente como usar a verba, como se fossem emendas individuais extras. Para destinar essas emendas, são necessárias as assinaturas de 17 deputados federais, dos 22, e 2 dos 3 senadores.
Sem acordo para alcançar os valores pedidos por Elmano para tratamento oncológico, os dois senadores governistas, Cid Gomes (PDT) e Augusta Brito (PT), recusaram-se a assinar, ameaçando deixar o Ceará sem o dinheiro. Com o entendimento, toda a bancada de deputados e senadores assinou as emendas, informou o coordenador da bancada, deputado Eduardo Bismarck (PDT).
"Essa é uma conquista do diálogo, da política e principalmente da bancada federal que sai deste processo mais unida e fortalecida", afirmou o parlamentar.
Bismarck também agradeceu os deputados e senadores. Além disso, ele informou que serão aplicados valores que podem superar R$ 400 milhões, além da saúde, em outras áreas para o Estado.
Após o acordo, Elmano agradeceu os parlamentares cearenses pelo entendimento final e fez questão de citar, Augusta e Cid. "Eu quero publicamente agradecer aqui à senadora Augusta, ao senador Cid e à bancada federal em nome do nosso coordenador, Eduardo Bismarck, pelo entendimento que nós construirmos na emenda de bancada", declarou na tarde de ontem em solenidade no Centro de Eventos.
E prosseguiu: "Nós vamos interiorizar o tratamento do câncer. É um sonho que o nosso povo tem de nós superarmos ou diminuirmos o sofrimento da população que tinha que se deslocar até Fortaleza para fazer um tratamento. E a partir da implantação desse projeto, nós teremos isso feito na região do próprio cidadão e da cidadã".
A senadora Augusta Brito, junto de Cid a única a não assinar a ata no prazo por ainda exigir mais recursos para o tratamento de câncer, afirmou que "teve que apelar" para ser entendida a importância.
"E eu quero aqui dizer que não é uma coisa individual, não foi uma decisão minha, é da bancada como um todo, mas eu realmente tinha que fazer, pedir e apelar para que todos pudessem também entender dessa importância, como assim foi", disse ao O POVO.
Com
informações portal O Povo +
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