O PSB de Eudoro e o Podemos de Bismarck cortejam o grupo do Cid Gomes (Foto: Reprodução/OPovo) |
Segundo interlocutores de Cid, depois de uma série de encontros em Brasília ao longo da semana, as conversas avançaram entre os cidistas e duas legendas: o Podemos, comandado por Bismarck Maia no Ceará, e o próprio PSB, cuja direção está nas mãos de Eudoro Santana.
Entre os dois, porém, o PSB levaria vantagem por um conjunto de razões, afirmam parlamentares de saída do PDT. A primeira é por se tratar de legenda mais vertebrada no estado, com estrutura mais expressiva e um número de urna familiar ao eleitorado, um ponto que costuma ser ignorado nas conversas, mas que os prefeitos levam em conta quando têm de decidir o futuro.
Em comparação, o Podemos é agremiação menor, com perfil menos reconhecível pelos cearenses, o que inclui sua identificação (cores e número), mas também sua inclinação política.
Embora os dois partidos estejam na base do governo Elmano de Freitas (PT) e do ministro Camilo Santana (Educação), a predileção da maioria é pelo PSB, contou ao O POVO mais de uma fonte ouvida em reserva.
"Acho que, em função de já termos sido do PSB em algum momento", relatou um pedetista, "a preferência de todo mundo é o PSB".
"Do coração da grande maioria, a escolha é o PSB", expressou outro, "não tenho a menor dúvida. O Podemos é um partido muito desconhecido aqui, o pessoal fica com pé atrás de ir, não conhece o número".
Existe outro elemento no cálculo político dessa ala de saída do PDT: a proximidade com Camilo. De acordo com cidistas, muitos querem se ligar ao ministro partidariamente, mas sem a necessidade de ingressar no PT.
O partido de Camilo e Elmano, nessa hipótese, não seria a primeira opção considerada por esse campo, que tem se inclinado ao PSB tanto pelas características da força partidária quanto pelos elos com o petista - o partido é dirigido por Eudoro, pai do ex-governador.
Além de tudo, prefeitos e vereadores se preocupam ainda com os arranjos nos seus municípios, onde PT e PDT hoje se mantêm como adversários, ainda que membros da base do Governo do Estado.
À frente do grupo, o senador Cid estipulou o dia 4 de dezembro como data para anunciar a migração dos mais de 40 prefeitos, dez deputados estaduais e outros cinco federais, além de vereadores e de suplentes.
Por exercer mandato majoritário, o próprio Cid não se vê obrigado a deixar o PDT neste momento, mas possivelmente apenas quando o imbróglio da filiação tiver se resolvido, como afirmam nomes mais ligados ao senador.
Entre terça-feira e quinta últimas, o bloco cidista esteve na capital federal para rodadas de conversa com as executivas do Podemos e do PSB, dos quais o grupo tem convite para adesão de olho na disputa eleitoral de 2024.
Além deles, Cid e aliados receberam sinalização para entrada também do PT, do Solidariedade, do PSD e até do União Brasil, conforme informações de bastidor.
Para esses encontros, formou-se uma comitiva composta pelos deputados estaduais Guilherme Landim, Osmar Baquit e Jeová Mota e pelos federais Robério Monteiro, Leônidas Cristino e Eduardo Bismarck, com participação ocasional de Mauro Filho.
A intenção desse grupo é bater o martelo sobre o futuro político até o fim da semana que vem, pouco antes da data estabelecida para o encontro dos ainda pedetistas, cuja desfiliação vem sendo discutida desde o acirramento da queda de braço entre Cid e André Figueiredo, deputado federal e presidente interino do PDT.
Com
informações portal O Povo +
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