Candidatos para o primeiro dia de prova do Enem 2023 em Fortaleza (Foto: Fernanda Barros) |
Estado só fica atrás dos estados nordestinos de Sergipe (24,6%) e Rio Grande do Norte (24,9%). Ao todo, mais de 3,9 milhões estavam inscritos para realizar o exame, sendo cerca de 242 mil cearenses.
Em cada uma das salas de provas, diversas histórias: o sonho de estudar Medicina; a expectativa de ser o primeiro da família a entrar na universidade; a rede de apoio de amigos, familiares e escola; a vontade de voltar a estudar na velhice.
O sonho de estar na universidade move cotidianamente pais, filhos e, talvez, a família toda, para a busca do diploma e possivelmente a ascensão social.
Júlia dos Santos Silva, 17, foi acompanhada por sua avó, Joanita, 66, para fazer a prova do Enem. "Estou com expectativas boas", afirma a estudante.
Ela decidiu chegar mais cedo porque iria de ônibus, então não queria arriscar se atrasar. A estudante chegou por volta de 10h30min à Universidade de Fortaleza (Unifor) e recebeu o apoio de sua família ao longo de todo o ano.
"Estou confiante naquele lá de cima: Deus. É uma menina muito lutadora pelo que ela quer e ela vai conseguir. Tenho fé em Deus. Em primeiro lugar, Deus. Em segundo, ela", compartilha a avó.
Logo após o fechamento dos portões para a prova do Enem, o casal Yoana Alcoforado e Carlos Alberto se estabeleceu nos arredores da Unifor com dois banquinhos. Eles irão aguardar pela filha, que, no primeiro ano do Ensino Médio, já faz o Enem pela segunda vez.
Yoana revela que eles ficam no local até o término da prova para dar maior apoio, uma vez que a filha ainda se sente insegura com a prova. "A preparação dela foi boa, está bem mais confiante do que no ano passado. Hoje ela está bem mais tranquila", compartilha.
Após o fim do exame, Gabriela Lima e Vitória Campelo, ambas com 17 anos, conversaram sobre a prova. As duas se conheceram na fila para entrar na sala.
“A de história estava muito difícil, pior do que a de geografia. Por outro lado, a de linguagens estava boa. O pior mesmo é ter que lidar com o cansaço de resolver 90 questões e ainda escrever uma redação”, pontuou Gabriela, aluna do 1º ano do Colégio Nova Dimensão, no Edson Queiroz, e que pensa em cursar Psicologia.
Vitória cursa o 3ª ano no colégio Ágape, na Cidade dos Funcionários, e quer fazer Nutrição. “O Enem é difícil porque não é só o cansaço que pesa, tem também o nervosismo. Uma menina estava passando muito mal quando fui ao banheiro”, lamentou. “Vou tentar passar na universidade que eu quero, mas se não der, paciência, vou tentar outra”, disse.
Balanço
do primeiro dia
Balanço preliminar da aplicação desse domingo foi divulgado em coletiva por volta das 20 horas. Camilo Santana, ministro da Educação, destacou que, pela primeira vez, o Nordeste teve mais inscritos. Ele destacou que as novidades desta edição foram o cartão-resposta ampliado e a prova colorida.
Na coletiva, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palácios, avaliou que o número de ocorrências foi considerado "pequeno".
Segundo o balanço, 4.293 participantes foram eliminados por razões como portar equipamento eletrônico, ausentar-se antes do horário permitido (15h30), utilizar impressos e não atender orientações dos fiscais.
Além disso, 905 participantes foram afetados por problemas logísticos como emergências médicas, interrupções temporárias de energia elétrica e problemas com abastecimento de água.
O prazo para solicitar a reaplicação, por meio da Página do Participante, será de 13 a 17 de novembro. As pessoas que faltaram por problemas logísticos ou doenças infectocontagiosas, como prevê o edital, podem pedir para fazer as provas nos dias 12 e 13 de dezembro.
O mesmo vale para as pessoas que foram alocadas em locais de prova com distância superior a 30 km da residência informada na inscrição.
Sobre
a prova
Nesse domingo, os candidatos respondem 90 questões, divididas entre 45 de Linguagens e Códigos e mais 45 de Ciências Humanas. Além das questões objetivas, os estudantes tiveram que desenvolver uma redação dissertativa-argumentativa, cujo o tema este ano foi "Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil".
O exame seleciona estudantes para vagas no ensino superior (redes privadas e públicas), por meio do acesso ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e ao Programa Universidade para Todos (ProUni).
Com
informações portal O Povo +
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