Lula visita um Ceará em ebulição pré-2024

Lula esteve com praticamente todos os nomes já anunciados pela centro-esquerda na disputa pela Prefeitura da Capital (Foto: Aurelio Alves)

Com pouco mais de oito meses concluídos de mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou na última semana sua segunda viagem ao Ceará durante o terceiro mandato à frente do Palácio do Planalto. A nova passagem, no entanto, acabou tendo conotação toda especial, ocorrendo no exato momento em que se intensificam as articulações de bastidores para as eleições de 2024 em Fortaleza.

Cercado de ministros e pré-candidatos, Lula subiu em palco com praticamente todos os nomes já anunciados pela centro-esquerda na disputa pela Prefeitura da Capital. Com isso, ato de celebração dos 25 anos do CrédiAmigo e de 18 anos do AgroAmigo, duas linhas de financiamento do Banco do Nordeste (BNB), acabou ganhando fortes ares de palanque político para a corrida eleitoral do ano que vem.

Participaram da "caravana" em torno de Lula desde pré-candidatos já anunciados do PT - como os deputados Luizianne Lins, Larissa Gaspar e Guilherme Sampaio - a até o presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão (PDT), cotado para deixar o PDT de olho na eleição para a Prefeitura. Até mesmo o prefeito José Sarto (PDT), hoje em crise com o petismo local, compareceu ao ato com o presidente.

Nos bastidores, muita articulação e até "marcação cerrada" entre aliados, que tentavam evitar momentos de seus adversários sob os holofotes com Lula. A intensa carga política se refletiu sobretudo no discurso do petista no evento, marcado por críticas a Jair Bolsonaro (PL) e incluiu até nova cobrança por redução de juros ao indicado por seu antecessor no Banco Central, o economista Roberto Campos Neto.

A verdade é que, passado o oba-oba da viagem, o cenário eleitoral da Capital parece mais indefinido do que nunca. A preço de hoje, não existe qualquer definição sobre quem deverá "representar" o espólio do petista em Fortaleza. Sem candidato natural, a base de Lula ainda vive grave risco de dilapidação interna daqui para o próximo ano. E olha que estamos falando só do período pré-eleitoral.

Com informações portal O Povo +

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