A deputada Luizianne Lins tem apostado na militância e na democracia interna para ser alçada candidata do PT na Capital (Foto: Divulgação/Facebook)
A cada dia, fica mais clara a estratégia da ex-prefeita Luizianne Lins para ampliar suas chances dentro do processo interno de escolha da candidatura do PT para as eleições de Fortaleza em 2024. Sem muita preferência entre os principais caciques da sigla – especialmente do ministro Camilo Santana (PT), hoje “devoto” da candidatura de Evandro Leitão (PDT) –, a deputada federal tem apostado na militância e nos mecanismos de democracia interna da sigla.
É com este fim, de acenar para os militantes, que ocorrem falas recentes de Luizianne sobre o governador Elmano de Freitas (PT), aliado antigo da deputada desde suas gestões como prefeita de Fortaleza. Nas últimas semanas, Luizianne foi de acusar adversários de tentarem fazer “alienação parental” entre ela e Elmano – sugerindo que a ex-prefeita seria a “mãe política” do petista – a associar a eleição dele à sua atuação na campanha de 2012
Se foram bem recebidas entre pessoas próximas de Luizianne dentro do PT fortalezense, as falas da deputada tiveram péssima repercussão entre lideranças do partido no Estado, ampliando o isolamento dela dentro do próprio partido. Em conversa reservada com O POVO, um deputado petista classificou fala sobre a “alienação parental” como “um desrespeito que beira a humilhação”.
Outro deputado próximo da cúpula petista também se queixou das recentes críticas internas que seriam feitas pela deputada a Camilo Santana. “O Camilo é um dos principais ministros do Lula. Ele é ‘PT PT’, não pode ficar sendo tratado como se fosse um forasteiro, alguém menor”, questiona. As falas de Luizianne tiveram até resposta pública, por parte do deputado De Assis Diniz (PT).
“O Elmano está onde está por sua própria liderança, não é o fato dele ter tido uma oportunidade que o vai fazer refém de todo processo. Se ele hoje é governador, ótimo que ele tenha tido uma oportunidade de se apresentar antes, mas se não fosse o Camilo e o PT o escolhendo, ele não teria tido a oportunidade", afirma o deputado, que é líder do bloco governista na Assembleia Legislativa.
A deputada Larissa Gaspar (PT) também acabou fazendo crítica velada e indireta à deputada, afirmando que o PT não possui dono, mas também não possui “dona”. “O PT não tem dono e nem dona, é hora de se unir, ouvir o povo e apresentar propostas. Esse é o espírito da minha pré-candidatura a Prefeita no PT. Fortaleza quer renovar, quer uma gestão que enfrente os reais e históricos problemas do povo. Para velhos problemas, novas ideias!”, afirma.
Com
informações portal O Povo +
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