O presidente Lula e o presidente da Câmara, Arthur Lira no lançamento do novo PAC, no Rio de Janeiro (Foto: Ricardo Stuckert) |
"Lira é nosso adversário político desde que o PT foi fundado. É nosso adversário e vai continuar sendo. Nós temos momentos de campanha em que vamos nos xingar, falar mal um do outro. Mas quando termina a eleição, e cada um assume seu posto, ele não está aqui como Lira. Está aqui como presidente de uma instituição da qual o Poder Executivo precisa mais do que ela do Executivo", frisou.
Lula recorreu às lembranças dos tempos de sindicalismo para justificar a necessidade de dialogar. "Eu é que mando os projetos feitos pelos ministros, pela sociedade. Eu é que preciso dele para colocar em votação. É como nós, dirigentes sindicais. A gente passa a semana inteira na porta da fábrica xingando o patrão, mas quando a gente senta para conversar, senta de forma civilizada — e a gente quer que ele atenda nossa reivindicação. É esse comportamento que temos que ter para poder consolidar o processo democrático nesse país. É a convivência democrática na adversidade", destacou.
Ele repreendeu a plateia que vaiou a presença de Lira e do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). Defendeu que é preciso ter civilidade, pois ambos eram convidados do governo.
Reforma
ministerial
Com o retorno a Brasília no final da tarde de ontem, a expectativa é de que Lula se debruce, neste final de semana, para ajustar a reforma ministerial. Há dias o Centrão vem pressionando para que os deputados André Fufuca (MA), líder do PP na Câmara, e Silvio Costa Filho (PE), do Republicanos, sejam confirmados no primeiro escalão do governo. O problema é que o presidente não pretende fazer alterações nas pastas e nos cargos em estatais pretendidos pelo bloco manejado por Lira. Os dois parlamentares, porém, se reuniram, há poucos dias, com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que confirmou a entrada de ambos no governo.
Depois de ter afirmado, em uma das últimas edições do Conversa com o Presidente, que "não é o partido que pede ministério, é o presidente que oferece". Mas, nesse período que passou no Rio, atenuou o discurso.
"Quem
está na Presidência não pode ter ressentimento. Tem gente que acha que o
Congresso só tem gente que não presta. O Congresso é a cara da sociedade
brasileira", disse, na inauguração das obras da nova sede do Instituto de
Matemática Pura e Aplicada, no Porto Maravilha, zona portuária da capital
fluminense.
Com
informações portal Correio Braziliense
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Rio
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