O Diálogos Amazônicos antecede a Cúpula da Amazônia, que reúne líderes dos países da região entre os dias 8 e 9 de agosto em Belém-PA (Foto: Divulgação/Governo Federal)
Certos de que o desenvolvimento sustentável da região é fundamental para combater a crise climática mundial, representantes dos governos dos oito países amazônicos se sentarão à mesa com movimentos sociais e entidades da sociedade civil organizada, em plenárias para debater soluções para as principais questões relacionadas à preservação da floresta e à sobrevivência de quem nela vive.
Os documentos resultantes dos Diálogos serão entregues aos presidentes dos países amazônicos: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. Os chefes de Estado definirão prioridades a serem levadas a outros fóruns, como a Assembleia-Geral da ONU e a COP-28.
“Os relatórios serão entregues aos presidentes por representantes da sociedade civil amazônica e neles estarão toda a realidade vivida pelos indígenas, pelos ribeirinhos, pelas mulheres, pelos negros, pelos jovens nos mais de 7 milhões de quilômetros quadrados cobertos pela maior floresta tropical da Terra” explicou o ministro Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência), que participará tanto dos Diálogos Amazônicos quanto da Cúpula da Amazônia.
Na programação oficial, os Diálogos terão um conjunto de oito plenárias – cinco sínteses e três transversais - para tratar de questões como mudança do clima, agroecologia e sociobioeconomia da região, proteção do território e seus povos, erradicação do trabalho escravo, saúde, soberania e segurança alimentar, e pesquisa e desenvolvimento para pensar o futuro da floresta, entre outras. São esperadas mais de dez mil pessoas.
Além dessas plenárias, haverá um conjunto de 405 atividades organizadas por movimentos sociais, entidades ou organismos públicos e privados participantes do evento.
O encontro, principal agenda internacional que o Brasil sedia em 2023, é coordenado pela Secretaria-Geral da Presidência da República, em articulação com o Ministério das Relações Exteriores e outras pastas, em parceria com o Governo do Pará e a Prefeitura de Belém. Servirá também como preâmbulo para a COP-30, que acontecerá na capital paraense em novembro de 2025.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem se referido à Cúpula da Amazônia como marco para uma nova etapa na cooperação entre os membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). Com a retomada do diálogo regional e das relações entre as entidades e órgãos governamentais das nações participantes, os países vão definir, em conjunto, políticas comuns e compromissos para o desenvolvimento sustentável da região.
“O que queremos é dizer ao mundo o que vamos fazer com as nossas florestas e o que o mundo tem que fazer para nos ajudar”, disse recentemente o presidente Lula, no programa Conversa com o Presidente. Além dos representantes dos países amazônicos, o chefe do executivo brasileiro convidou outras lideranças mundiais para participarem dos debates.
Detentores de grandes florestas tropicais e também importantes no debate sobre mudança climática e proteção ao meio ambiente, Congo, República Democrática do Congo e Indonésia estão entre os países com presença confirmada na Cúpula em Belém.
Em conversa por telefone com o presidente Lula na quinta-feira, (27\8), o presidente dos Emirados Árabes, Xeique Mohammed bin Zayed Al Nahyan, confirmou a vinda do presidente da COP-28, Sultan Ahmed al-Jaber ao Brasil para a Cúpula da Amazônia. A conferência das Nações Unidas sobre mudança do clima deste ano será em novembro, em Dubai.
PARTICIPAÇÃO - Para participar presencialmente dos Diálogos Amazônicos, é preciso fazer um cadastramento prévio. Também será possível acompanhar a transmissão, ao vivo, pelos canais da Empresa Brasileira de Comunicação – EBC e da Secretaria-Geral da Presidência da República no Youtube.
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