Páginas

19 de agosto de 2023

Bolsonaro é citado 21 vezes na denúncia da PGR contra comando da PM do Distrito Federal

A PGR também investiga se o ex-presidente Bolsonaro incitou a reação golpista de seus apoiadores (Foto: Bruno Santos)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é citado 21 vezes na denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra sete oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal por omissão e incitação aos atos golpistas do dia 8 de Janeiro.

Bolsonaro não está entre os denunciados da Operação Incúria, que prendeu os coronéis da cúpula da PM em Brasília, mas é uma clara sinalização de que a investigação se aproxima do ex-presidente. A denúncia tem 200 páginas e é assinada pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos.

A denúncia afirma que a PM do DF foi "contaminada ideologicamente" e que o comando da corporação conversou sobre "possíveis meios ilegais", inclusive um golpe militar, para depor o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e manter Bolsonaro no poder mesmo após a derrota nas eleições.

"As desinformações que circulavam entre o alto oficialato da PMDF demonstravam expectativa de mobilização popular para garantir Bolsonaro no poder, em desrespeito ao resultado das eleições presidenciais", diz um trecho da denúncia.

A PGR investiga se o ex-presidente incitou a reação golpista de seus apoiadores, que teve início com os bloqueios em rodovias federais após o segundo turno e chegou ao ápice com a invasão aos prédios do Congresso, Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 8 de janeiro.

Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, pediu um relatório das principais redes sociais com todas as publicações de Bolsonaro com fake news sobre as Forças Armadas e a Justiça Eleitoral. As plataformas também devem informar se extremistas denunciados por envolvimento nos protestos violentos seguem ou seguiam ou ex-presidente nas redes sociais e se compartilharam publicações de Bolsonaro com ataques ao sistema eleitoral.

Bolsonaro também é investigado no inquérito das milícias digitais, que mira a atuação de grupos mobilizados na internet para atacar as instituições.

Com informações portal Correio Braziliense

Leia também:

Atos golpistas: PMDF poderia ter evitado ataques, avalia subprocurador

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.