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| Cid e André de braços dados com dirigentes do PDT após reunião que chegou a acordo (Foto: Divulgação/Facebook/Twitter) |
O acordo feito em reunião na última quarta-feira, 5, deu um tom apaziguamento dos ânimos após uma escalada de declarações e atos de pedetistas. O acordo partiu de uma proposta do senador em contato do ministro da Previdência, Carlos Lupi, e o o presidente da Fundação Leonel Brizola, Manoel Dias. Cid e Figueiredo fizeram declarações sinalizando um "cessar-fogo" entre as alas do partido.
A saída temporária do deputado, no entanto, aconteceu sob uma série de arranjos. Entre elas, está o que Cid articule para que o governador Elmano de Freitas (PT) receba o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), algo que os pedetistas municipais têm cobrado reiteradamente.
Até agora, Sarto não foi recebido no Palácio da Abolição, enquanto Elmano ressalta não esteve com nenhum gestor municipal e que a movimentação será feita a partir de agosto. A articulação firmada é que haja um estreitamento do diálogo administrativo entre os dois para colocar “Fortaleza no centro das atenções” no Ceará. Sua saída temporária dá espaço para Cid Gomes e barra a movimentação de aliados do parlamentar que fariam reunião na sexta-feira, 7, para destituir Figueiredo.
“Nós vamos fortalecer inclusive o diálogo administrativo do governador Elmano com o prefeito Sarto, isso foi um dos compromissos que ele (senador Cid Gomes) assumiu e que foi uma demanda nossa para que a gente pudesse fazer com que o prefeito fosse recebido pelo governador juntamente comigo e com o Cid. E termos Fortaleza no centro das atenções no estado do Ceará”, afirmou Figueiredo ao O POVO.
Há a garantia de que, após os quatro meses, uma nova eleição seja convocada e Figueiredo seja reconduzido ao cargo de presidente estadual.
"Esse diretório, ele tem um mandato até 31 de dezembro e até lá, antes do seu fim, a gente fará uma conversão que elegerá um novo diretório e esse diretório elegerá uma nova executiva. E eu assumi o compromisso de que, numa demonstração de que eu não tenho ambição por cargo, defenderei que o André seja o presidente da executiva a ser eleita pelo novo diretório que tomará posse a partir de janeiro do ano que vem", afirmou Cid.
Indagado se a situação está pacificada, o senador respondeu: "No meu desejo, no meu desejo sim". Ele, no entanto, destacou que há um longo caminho diante de linhas de pensamento distintas. "Eu sei que tem desafios aí, mas eu tenho humildade, eu tenho disposição para o diálogo para a gente procurar ouvir as angústias, os anseios, as reclamações, tranquilizar em relação a posições autoritárias.
Figueiredo avaliou que o arranjo atua como um “processo de pacificação benéfico para todos” e que a resolução “é muito melhor que um processo de guerra. Ele ressaltou que a intenção é “fazer do partido no Ceará sempre uma referência no Brasil”.
“Um processo de pacificação é muito melhor que um processo de guerra. Eu acho sinceramente que foi um movimento muito bom para o PDT do Ceará e para o PDT no Brasil. Nós já tínhamos uma determinação que a reunião de sexta acontecesse seria contra o estatuto”, complementou André.
Em linha semelhante, o deputado considerou que nem todos os filiados ficaram satisfeitos com a decisão após o acirramento eleitoral. "Depois de uma sangria desde o ano passado ninguém da noite pro dia vai dizer que fica satisfeito. Eu tenho a absoluta certeza que tem insatisfeitos dos dois lados porque houve um acirramento muito pesado", comentou.
Com informações portal O Povo +
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