Marina Helou é graduada em Administração Pública pela FGV e deputada estadual em São Paulo pela Rede Sustentabilidade (Foto: Yuri Carvalho) |
Eu, como filha que perdi minha mãe recentemente e sinto falta dela todos os dias, entendo que celebrar as mães deveria, não apenas ser um dia especial, mas um privilégio diário.
Como mãe, sei o trabalho que dá ser mãe e o quanto a valorização importa, porém está longe de ser o suficiente. Tanto que até beira a hipocrisia quando paramos para pensar no serviço prestado à sociedade da maternidade.
A estrutura da sociedade em que vivemos é baseada na troca entre indivíduos, a partir da percepção de valor gerada e em uma relação de oferta e demanda. Parece bastante lógico. Mas não é. Existem diversas distorções neste modelo e uma delas é chamada por economistas de externalidades. São impactos gerados nas trocas e relações que não estão contabilizadas, nem economicamente valoradas.
Quando olhamos para o meio ambiente este é um conceito muito claro: o carbono emitido por uma companhia aérea não é um custo que ela mensura, cobra e tem um valor. É um resultado negativo que fica compartilhado para todos na sociedade.
E por isso o custo é mais barato do que deveria ser, pois o custo é socializado
entre todos. Inclusive aos que não andam de avião.
Publicado
originalmente no portal Congresso em Foco
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