O anúncio foi feito pelo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates (Foto: Tomás Silva) |
De acordo com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a "referência internacional do preço do petróleo", continua sendo considerada, mas em outro modelo. A partir de agora, entram na conta também como prioridade o custo alternativo do cliente e o valor marginal para a estatal.
O primeiro indicador contempla alternativas de suprimento por fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos. Já o custo marginal da Petrobras se baseia no custo das diversas alternativas para a empresa, entre elas a produção, importação e exportação do produto.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, analisou que, com essa estratégia comercial, a companhia vai ser mais eficiente e competitiva, atuando com mais flexibilidade para disputar mercados.
"Vamos continuar seguindo as referências de mercado, sem abdicar das vantagens competitivas de ser uma empresa com grande capacidade de produção e estrutura de escoamento e transporte em todo o país."
Ontem, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que este é um primeiro passo para o "abrasileiramento" da precificação dos combustíveis produzidos no Brasil.
"Era hora de abrasileirar o preço dos combustíveis e sinalizar de forma clara que o governo Lula cumpra com seu papel social", disse o ministro.
A nova estratégia promete pôr um ponto final no PPI, a política de preços que, desde 2016, atrelava os preços médios dos combustíveis que a Petrobras vende às variações dos produtos no mercado internacional, entre outros fatores, para proteger a empresa quanto aos riscos operacionais do setor.
Ao comentar a mudança, Prates ressaltou que os preços das áreas de influência variam de região e também de clientes. Afirmou também que a empresa continuará tendo transparência total.
Na avaliação do sócio-diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), Pedro Rodrigues, a mudança aumenta o risco de ingerência política. "Será que a Petrobras vai deixar dinheiro na mesa? Se eu estou com dificuldade de entender essa conta, imagina o acionista da Petrobras."
Porém,
para o consultor de Engenharia de Petróleo e Energias, Ricardo Pinheiro, a nova
política de preços é sustentável. Ele reforça ainda que se o PPI estivesse
dando certo, o consumidor estaria se beneficiando, já que desde o começo do ano
o barril de petróleo caiu mais de US$ 30. "No entanto, o que a gente vê é
um sobrepreço no óleo diesel que chega próximo aos 8% em relação ao mercado
internacional".
Com
informações portal O Povo +
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