O ex-presidente Jair Bolsonaro em entrevista coletiva ao lado de aliados, ao retornar ao Brasil (Foto: Divulgação/PL)
Havia um tom sebastianista no retorno de Jair Bolsonaro (PL) ao Brasil que não se justificava, sobretudo porque os motivos para o esvaziamento da aterrissagem do ex-presidente no País depois de três meses já estavam postos desde o início. A fuga para os EUA antes de concluir o mandato tinha frustrado aliados, assim como a recusa em liderar abertamente as falanges golpistas no 8 de janeiro e o caso das joias presenteadas pela Arábia Saudita.
Tudo isso, mais o fato de que Bolsonaro nunca esteve à altura da tarefa de capitanear qualquer coisa em seus 30 anos de vida pública, explicaria a baixíssima adesão à sua volta. Em vez do soldado dado por extraviado, mas que ressurge do campo de batalha, o que se viu foi um ex-mandatário chegando pela porta dos fundos do aeroporto e sendo conduzido, sem celebração, a um encontro pouco disputado com Valdemar da Costa Neto e companhia.
Não houve histeria nas redes, principal arena e termômetro do entusiasmo do bolsonarismo. Pelo contrário, impôs-se o silêncio, seja por desânimo pós-intentona, seja porque a turma está escaldada após a resposta do STF à arruaça. O ex-chefe do Executivo detém capital importante, é verdade, mas mesmo uma grande fortuna se dilapida caso seja mal administrada.
Embora ainda represente a principal figura da oposição na esteira de uma eleição recém-disputada, nada garante que, nos próximos quatro anos, a envergadura política de Bolsonaro não irá diminuir, como já se nota desde o fim do segundo turno.
Com informações portal O Povo Online
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