O prognóstico climático da Funceme apontava que o volume acumulado no Ceará para o trimestre era de 50% de probabilidade para chuvas acima da normalidade, 40% em torno dela e ainda 10% abaixo — o melhor na série histórica.
O resultado fez com que março de 2023 fosse o mês de março foi o mais chuvoso dos últimos 15 anos, com quase 28% de recarga dos principais açudes do Estado.
Com o volume de chuvas acima da média em todo o Estado, 48 dos 157 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) estão sangrando. Como comparação, em 2022 essa cifra era de apenas 20, ainda que a quadra chuvosa do ano passado tenha ficado dentro da média histórica.
Além dos 48 que estão com volume máximo de água, outros 12 açudes estão com o volume acima dos 90%. Ainda assim, 46 reservatórios seguem em situação crítica, com menos de 30% da capacidade.
O Ceará possui 12 regiões hidrográficas, são elas: Acaraú, Alto Jaguaribe, Baixo Jaguaribe, Banabuiú, Coreaú, Curu, Litoral, Médio Jaguaribe, Metropolitana, Salgado, Serra da Ibiapaba e Sertões de Crateús. Elas são divididas de acordo com as bacias que as abastece.
Destas, a região do Banabuiú — tradicionalmente seca —, teve o melhor resultado proporcionalmente em março. Choveu quase o dobro da média histórica de 164,7 mm. Ao todo, foram 326,5 mm de precipitação, um resultado 98,3% maior do que o da média histórica.
Com isso, quatro açudes da bacia do Banabuiú estão sangrando, enquanto o terceiro maior reservatório do Estado, o Arrojado Lisboa — conhecido como Banabuiú —, teve recarga de mais de 140%, passando de 20% da capacidade pela primeira vez desde 2013. Por outro lado, estradas foram inundadas em Senador Pompeu e Milhã, na qual milhares de pessoas ficaram desabrigadas.
Já em números absolutos, o melhor resultado de março foi de Coreaú. Segundo os dados da Funceme, no mês, foi observada uma precipitação de 408,5 milímetros. A região costuma ser a mais chuvosa de março, com precipitação de em média 295,6 mm em março.
Com
informações portal O Povo Online
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