Açude Patu, em Senador Pompeu, sangra após 12 anos (Foto: Reprodução/SRH) |
Com isso, o volume dos açudes chegou a 39,9% da capacidade, ante 31,2% no início do mês. No dia 1º, os 157 reservatórios somavam 5.795,1 hm³ d'água, com seis deles sangrando.
Desde então, os valores subiram para 7399,8 hectômetros cúbicos (hm³) nesta sexta-feira, 31. Um hm³ equivale a 1.000.000.000 (1 bilhão) de litros. Uma piscina olímpica de 50mx25mx2m tem 2,5 milhões de litros d'água.
Em valores absolutos, a maior cheia é a do Castanhão, maior açude do Brasil. O reservatório ganhou 295 hm³ de carga entre o dia 1º e 31 de março. Com isso, a barragem que inundou a velha Jaguaribara foi de 19,81% da capacidade total para ainda tímidos 24,01%.
Ao todo, o Castanhão soma 1.608,96 hm³ — o que equivale a 21,74% de todo o volume de água represada nos maiores açudes do Ceará.
O destaque percentual, entretanto, é outro. Trata-se do açude Banabuiú, o terceiro maior do Estado. Localizado no município homônimo, o reservatório mais do que dobrou de volume, após anos com dificuldade para "pegar água".
Ao todo, foram quase 196 hm³ de água que caiu nas partes altas do Sertão Central, uma das macrorregiões tradicionalmente mais secas do Ceará. A cifra fez o Arrojado Lisboa — nome real do Bababuiú — enchesse 142,78%.
Como base de comparação, no dia 30 de março de 2022, o Banabuiú não passava dos 8,22% da capacidade. Antes disso, em 2018, o Arrojado Lisboa chegou a apenas a 0,61%.
A alta recarga se dá por um março de muita precipitação na região hidrográfica do Banabuiú. Segundo dados do Calendário de Chuvas da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), já choveu 98,3% a mais do que a média de março na área.
Apesar
do bom resultado em recarga da açudagem, o alto volume de chuvas afetou uma
série de municípios do Sertão Central, principalmente Senador Pompeu e Milhã.
Com informações portal O Povo Online
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