22 de abril de 2023

13 prefeitos já foram afastados no Ceará após as eleições de 2020

 Carlomano Marques (Pacatuba) e José Braga (Santa Quitéria) forma os  últimos prefeitos afastados a pedido do Ministério Público(Foto: Reprodução/Facebook)

Com a prisão e o afastamento do prefeito de Pacatuba, Carlomano Marques (MDB), na última terça (18/04) o Ceará registra dois prefeitos afastados em pouco mais de uma semana. Além de Carlomano, o prefeito de Santa Quitéria, José Braga, teve de deixar o cargo após pedido do Ministério Público do Ceará (MPCE). Os gestores se somam a uma lista de prefeitos afastados do cargo após a última eleição municipal.

Desde 2020, 13 prefeitos foram afastados dos cargos pela Justiça ou por iniciativa do Legislativo local. Na maioria das cidades com afastamentos confirmados, já ocorreram eleições suplementares para escolher novos gestores.

Levantamento realizado pela equipe do jornal do O POVO,  no final do ano passado, mostrou que a maioria das cassações decorreu de processos por abuso de poder político ou econômico. Ocorreram ainda afastamentos motivados por inelegibilidade e infrações político-administrativas.

Os 13 municípios onde os prefeitos foram afastados são: Barro, Jaguaruana, Martinópole, Missão Velha, Pedra Branca, Viçosa do Ceará, Baixio, Tururu, Pacujá, Iguatu, Acopiara, Santa Quitéria e Pacatuba.

Nas seis primeiras cidades, os afastamentos foram efetivados ainda em 2021, menos de um ano depois do resultado das urnas, após decisões do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE). Novos prefeitos foram escolhidos pelo voto popular em eleições suplementares realizadas entre agosto e dezembro do mesmo ano.

Em Baixio, a eleição suplementar foi realizada em dezembro de 2022 e a cidade escolheu um novo gestor. Raimundo Amaurílio (PDT), conhecido como Zico, foi eleito como prefeito da cidade até dezembro de 2024.

Já em Tururu, o então vice-prefeito Dr. Bernardo assumiu, sem necessidade de nova eleição, após a então prefeita Hilzete Marim ser cassada pela Câmara em junho do ano passado. A gestora apresentou recurso, mas foi negado pela Justiça.

Iguatu e Pacujá chegaram a ter eleições suplementares marcadas para fevereiro deste ano, após o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE) cassar prefeitos e vices em ambos os municípios. No entanto, as respectivas eleições foram suspensas após decisão do Tribunal Superior Eleitoral. Em ambos os casos, o ministro Alexandre de Moraes, presidente da Corte, determinou a suspensão até o julgamento final dos recursos interposto pelas chapas dos prefeitos e vice-prefeitos afastados. Os municípios continuam a ser administrados por prefeitos interinos.

Já no caso de Acopiara, o prefeito afastado em outubro de 2022, Antonio Almeida Neto (MDB), retornou ao comando do Executivo municipal no mês passado. Ele e os gestores de Santa Quitéria e Pacatuba foram afastados temporariamente, por 180 dias, por suspeitas de desvio de verbas e esquemas de corrupção. Em Santa Quitéria, além do prefeito, foram afastados, três secretários municipais: secretário de Governo, de Transporte e de Obras e Infraestrutura.

São investigadas suspeitas de irregularidades em contratos da Prefeitura para limpeza pública e abastecimento de veículos da Prefeitura de Santa Quitéria. Em Pacatuba, o prefeito e 8 secretários foram presos acusados de irregularidades na contratação de empresas.

Nota-se que os casos anteriores envolviam majoritariamente questões eleitorais, enquanto os afastamentos mais recentes abordam questões relacionadas a supostas irregularidades na administração pública, após atuação e investigação do Ministério Público.

Com informações portal O Povo +

Leia também:

Justiça mantém cassação da prefeita de Tururu


Nenhum comentário:

Postar um comentário

A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.