Os próximos meses podem ser definidores para a relação de Lula com Lira e Pacheco (Foto: Bruno Spada) |
Em racha que virou primeiro "teste de força" e mediu o peso das bancadas governistas e de oposição, Pacheco surpreendeu e venceu o bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN) por 49 votos contra 32. O placar, bem mais folgado do que anunciavam aliados do ex-presidente na véspera, acabou sendo também a primeira grande vitória de Lula sobre Bolsonaro na nova configuração do Congresso Nacional.
O êxito ganha contornos ainda mais favoráveis para o governo quando se leva em conta o grau de atividade de Bolsonaro e sua família em prol de Marinho. Nos dias anteriores à disputa, filhos do ex-presidente chegaram a mobilizar intensa campanha nas redes sociais em defesa da candidatura, que contou até com participação da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro para atos em Brasília. Quem riu por último foi Lula, que expôs nas urnas uma realidade bem distinta da levantada pelo otimismo bolsonarista.
A "conta" de ambas as vitórias, no entanto, ainda deve levar algum tempo para vir à tona. Em ambas as Casas, nenhuma das candidaturas vitoriosas representa um aliado de primeira hora de Lula ou do governo. No caso de Arthur Lira - até pouco tempo atrás um dos principais líderes do bolsonarismo no Congresso -, a relação é ainda mais complicada.
Ciente
de que o líder do Centrão já estava praticamente reeleito desde antes do
resultado das eleições presidenciais, Lula optou por não enfrentar o Congresso,
priorizando um acordo que garantisse ao PT o comando da Comissão de
Constituição e Justiça, a mais importante da Câmara. A vitória estrondosa de
Lira, com votos de 464 dos 512 deputados, no entanto, cria um Centrão (ainda
mais) empoderado. Nestes casos, a fatura costuma ser alta.
Com informações portal O Povo Online
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