Na Câmara retorno depende, em um primeiro momento, das negociações para as presidências das comissões (Foto: Cristiano Mariz) |
Com os comandos das principais comissões ainda indefinidos, a Câmara e o Senado vão esticar a folga do carnaval, e as sessões com votação só voltarão em março. As agendas das duas Casas estão vazias de 17 a 27 de fevereiro, segundo consulta feita pelo Estadão nos registros do Congresso.
Na Câmara, estão previstas apenas reuniões do
grupo de trabalho da reforma tributária nos dias 28 de fevereiro, uma
terça-feira, e 1º de março. No Senado, haverá somente uma sessão de entrega da
comenda de incentivo à Cultura, também no último dia do mês. Há ainda uma
sessão solene destinada a homenagear Rui Barbosa, no dia 1º.
O retorno depende, em um primeiro momento, das
negociações para as presidências das comissões. Os partidos ainda disputam
comissões estratégicas das duas Casas. O presidente da Câmara, Arthur Lira
(PP-AL), chegou a se reunir com os líderes para tentar fechar um acordo sobre a
divisão do comando dos colegiados por onde tramitam os projetos de lei. A falta
de consenso adiou a escolha para depois do carnaval.
Como mostrou o Estadão, o embate pela presidência
das comissões temáticas da Câmara tem polarizado, assim como na última eleição
presidencial, o PT e o PL, donos das maiores bancadas. Com 99 deputados, o PL
teria direito a fazer a primeira opção na escolha pela direção das comissões,
mas um acordo de Lira com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já
reservou o principal colegiado, o de Constituição e Justiça (CCJ), para o PT. O
nome escolhido para presidir a comissão é o do deputado Rui Falcão (SP).
O PL insiste, então, em comandar a Comissão de
Fiscalização Financeira e Controle (CFFC), que tem poder para fiscalizar contas
do Executivo e acionar o Tribunal de Contas da União (TCU). A deputada
bolsonarista Bia Kicis (PL-DF) é a indicada do partido para o colegiado. O PT
também está interessado na CFFC por causa do papel estratégico no colegiado.
O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro também
quer o comando das comissões de Meio Ambiente e Cultura, órgãos que os partidos
governistas não querem entregar para a oposição.No Senado, a conversa é
considerada mais complexa, uma vez que houve oposição à reeleição do atual
presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
O PL lançou Rogério Marinho (RN), que conseguiu 32
votos, enquanto Pacheco teve 49. O partido do ex-presidente Bolsonaro ainda
esperava ficar com a CCJ, mas pode ter de se contentar com a Comissão de
Infraestrutura.
Com informações portal O Povo Online
Leia também:
Emenda sem transparência e carimbo ajuda a bancar carnaval de prefeituras
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.