Após se encontrar com Olaf Scholz, Lula afirmou que o Brasil deseja alterar alguns termos do acordo comercial entre União Europeia e Mercosul (Foto: Sergio Lima) |
Paralelamente, também no Planalto, empresários de ambos os países mantêm outra reunião. No fim da tarde, Lula e Scholz falam à imprensa.
Mais cedo, o governo alemão anunciou um pacote de 200 milhões de euros em investimentos na proteção da Amazônia e no incentivo a energias renováveis no Brasil. Entre as medidas anunciadas está a liberação de 35 milhões de euros para o Fundo Amazônia.
O retorno dos investimentos estrangeiros no fundo era uma das mudanças mais aguardadas pelo novo governo. O apoio foi interrompido logo no início do governo de Jair Bolsonaro em meio às dúvidas de governos europeus em relação ao interesse do mandato do ex-presidente na redução do desmatamento.
O Itamaraty já anunciara que os recursos destinados ao Fundo Amazônia se dividiram em duas partes: 10 milhões de euros para projetos de bioeconomia e outros 21 milhões de euros para ações de combate ao desmatamento.
Além desse investimento, o anúncio, feito pela ministra da Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha, Svenja Schulze, também indica o apoio a um fundo garantidor de eficiência energética para pequenas e médias empresas, um projeto para reflorestamento de áreas degradadas, empréstimo a juros reduzidos para agricultores que reflorestarem suas terras e apoio a estados da Amazônia na implementação de ações para proteção florestal,
Após se encontrar com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil deseja alterar alguns termos do acordo comercial entre União Europeia e Mercosul. Ainda assim, o petista estimou que as negociações tenham um desfecho até o final do semestre.
"Vamos trabalhar de forma muito dura para que a gente possa concretizar esse acordo. Mas algumas coisas têm que ser mudadas", declarou Lula em coletiva de imprensa após o encontro com Scholz no Palácio do Planalto. "Nós vamos fechar esse acordo UE-Mercosul, se tudo der certo, até fim do semestre", acrescentou.
No pronunciamento, Lula falou em achar um meio termo que "melhore para quem se sente prejudicado". "Vamos sentar à mesa da forma mais aberta possível", afirmou o petista. De acordo com o presidente, ao Brasil é muito cara a questão das compras governamentais, do que seria difícil abrir mão. "A compra governamental é uma forma de fazer crescer pequenas indústrias", avaliou, ao lado de Scholz.
O presidente também afirmou que o Brasil tem interesse em entrar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mas negociando os termos.
"O Brasil tem interesse em participar da OCDE. O que
queremos é saber qual seria o papel do Brasil na OCDE", declarou o
presidente no Palácio do Planalto após se encontrar com o chanceler da
Alemanha, Olaf Scholz. "Nós estamos dispostos a discutir outra vez e
queremos saber as condições", acrescentou.
Com informações portal Correio Braziliense
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