25 de dezembro de 2022

Na Missa do Galo Papa Francisco condena a "ganância e a fome de poder" e convida cristãos a redescobrir o sentido do Natal

No 10º natal como pontificado, a cerimônia da véspera de Natal foi acompanhada por 7 mil pessoas dentro da Basílica de São Pedro (Foto: Andreas Solaro)

O Papa Francisco celebrou, na noite de ontem (24/12), a tradicional Missa do Galo, onde falou sobre fome, ganância e guerras. No 10º natal como pontificado, a cerimônia da véspera de Natal foi acompanhada por 7 mil pessoas dentro da Basílica de São Pedro, no Vaticano, e outras 4 mil que participaram do lado de fora, na Praça de São Pedro.

Devido a um problema no joelho, o Papa precisou de uma cadeira de rodas, já que não pode ficar em pé por muito tempo. No altar, ele criticou o que chamou de "ganância e fome de poder" que faz com que os seres humanos queiram "consumir até mesmo seus vizinhos".

"Homens e mulheres em nosso mundo, em sua fome de riqueza e poder, consomem até mesmo seus vizinhos, seus irmãos e irmãs", disse o Papa.

Sem citar o confronto em andamento na Ucrânia, o Papa condenou as guerras. "Quantas guerras já vimos! E em quantos lugares, ainda hoje, a dignidade e a liberdade humanas são tratadas com desprezo”, disse.

O Papa Francisco também convidou os cristãos a redescobrir o sentido do Natal. Como voltar a encontrar o seu significado? E sobretudo aonde ir procurá-lo?

“O Evangelho do nascimento de Jesus parece escrito precisamente para isto: tomar-nos pela mão e levar-nos lá onde Deus quer”, ressaltou o Pontífice.

“A manjedoura! Para voltar a encontrar o sentido do Natal, é preciso fixar nela o olhar. E por que é tão importante a manjedoura? Porque é o sinal, não casual, com que Cristo entra em cena no mundo. É o manifesto com que Se apresenta, o modo como Deus nasce na história para fazer renascer a história. Que nos quer dizer então a manjedoura?” , indagou Francisco.

Adiante, o papa enfatizou que “certamente não é fácil deixar o tépido calor do mundanismo para abraçar a nua beleza da gruta de Belém, mas lembremo-nos de que, sem os pobres, verdadeiramente não é Natal. Sem eles, festeja-se o Natal, mas não o de Jesus… Irmãos, irmãs, no Natal Deus é pobre: renasça a caridade!”.

Com informações portal Correio Braziliense

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