Nardes cita uma suposta conversa com o presidente Bolsonaro e afirma que tem "muitas informações" sobre um "movimento forte nas casernas" (Foto: Alan Marques) |
O áudio foi enviado a representantes do setor do agronegócio. Nardes cita uma suposta conversa com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e diz que "em questão de horas, dias, no máximo, uma semana, duas, talvez menos do que isso (haverá) um desenlace bastante forte na nação, imprevisíveis, imprevisíveis". Afirma, ainda, que tem "muitas informações" sobre um "movimento forte nas casernas".
Depois da divulgação, o ministro publicou uma nota minimizando o fato. No texto, disse que "lamenta profundamente a interpretação que foi dada sobre um áudio despretensioso gravado apressadamente e dirigido a um grupo de amigos".
As declarações causaram mal estar internamente. Outros ministros do TCU avaliam que caberá a Augusto Nardes dar explicações ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Deputados do PT protocolaram, nesta segunda-feira (21), uma notícia-crime no STF contra Nardes.
Aliado de Jair Bolsonaro, ele era filiado ao PP quando foi indicado ao cargo de ministro do TCU, em 2005. Foi nomeado pelo então presidente Lula. Na Corte de Contas, foi o relator do processo que analisou as contas presidenciais da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e indicou as pedaladas fiscais que serviram de base para o impeachment em 2016.
O ministro do TCU foi alvo de inquérito sobre o pagamento de propina a integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), vinculado ao Ministério da Fazenda. Em 2019, esse inquérito foi arquivado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Anteriormente, o procurador-geral da República, Augusto Aras, já havia se posicionado pelo arquivamento.
O nome de Nardes também foi citado em uma delação premiada da Operação Lava Jato. Em 2018, o ex-subsecretário de Transporte do Rio Luiz Carlos Velloso afirmou que o ministro girou R$ 1,2 milhão na corretora Advalor, alvo da investigação. O irmão do ex-subsecretário, Juscelino Gil Velloso, também delator, contou que pagou 'mensalidade escolar' a Nardes e revelou entrega de dinheiro em Brasília.
Com
informações portal Correio Braziliense
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