O presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), disse que não f0i consultado e não compartilho da opinião do PL (Foto: Evaristo Sa) |
Após a decisão de Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de multar em R$ 22,9 milhões à coligação que apoiou a candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL), a aliança começa a dar sinais de ruptura. A decisão de Moraes foi motivada pelo relatório do PL que pedia a anulação de votos do segundo turno das eleições sem indicar prova de fraude. Na decisão, o ministro definiu o pedido como "esdrúxulo e ilícito", e que atenta contra o Estado democrático de direito.
Ontem, o presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), disse à CNN não ter "nada a ver com isso". "Não fui consultado e não compartilho dessa opinião", em relação à decisão do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, de questionar o resultado do pleito que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O representante do partido deve pedir a exclusão da legenda da ação ingressada pelo PL pela falta de consulta à sigla no ato do questionamento às urnas.
Parte da coligação com o PL, o Republicanos tem a presença de muitos integrantes da igreja Universal, do Bispo Edir Macedo, e consagrou, nas últimas eleições, nomes como do governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e do vice-presidente Hamilton Mourão e da ex-ministra Damares Silva, que assumirão cadeiras no Senado pelo Rio Grande do Sul e pelo Distrito Federal, respectivamente. Na aliança também está o Partido Progressista (PP), do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Por meio das redes sociais, o vice-presidente Hamilton Mourão caracterizou, ontem, como "absurda" a multa ao PL de R$ 22,9 milhões, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes. O general completou que "sanções desproporcionais configuram vingança", e que a questão da confiabilidade das urnas é "uma polêmica justificada".
Segundo Mourão, tal polêmica ocorre de forma nacional. "O recente recurso do PL, protocolado mais de 20 dias depois da proclamação oficial dos resultados das eleições, não dá ao TSE o direito de rejeitá-lo peremptoriamente e extrapolar, mais uma vez, por intermédio de uma multa absurda e inclusão dos demandantes em inquérito notadamente ilegal", explicou. "Supressão discricionária do direito de recorrer e sanções desproporcionais configuram vingança, tudo que o Brasil não precisa neste momento", acrescentou o senador eleito pelo Rio Grande do Sul.
Mourão defendeu ainda, que "é chegada a hora da direita conservadora se organizar e acusou Moraes de "ferir de morte o Pacto Federativo". "Hoje, rumamos para um precipício. Assim, é chegada a hora da direita conservadora se organizar para combater a esquerda revolucionária. Necessário é reagir com firmeza, prudência e conhecimento; dentro dos ditames democráticos e constitucionais, para restabelecer o Estado democrático de direito no Brasil", concluiu.
Na última quarta-feira, o presidente do TSE, ministro Moraes, indeferiu o pedido do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, para anular o segundo turno eleitoral que consagrou Lula como novo presidente do país. Além de negar o pedido, Moraes aplicou multa à legenda.
Em uma rede social, a senadora Kátia Abreu (PP-TO), que integra a equipe de transição do governo Lula, questionou se o vice-presidente Hamilton Mourão aceitaria a impugnação das urnas no primeiro turno. O general foi eleito senador pelo Rio Grande do Sul.
"General vc (sic) aceitaria impugnar as urnas do primeiro turno? Ou só do 2°. O senhor mudou muito. Este inconformismo por quem te tratou com tanto desprezo o mandato todo. Quem diria", escreveu a parlamentar.
Com
informações portal Correio Braziliense
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