Em coletiva de imprensa Costa Neto afirmou que o documento foi feito por especialistas (Foto: Walter Campanato)
O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, anunciou ontem (22/11) que foi apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral uma representação pedindo a anulação dos votos no segundo turno de cerca de 279 mil urnas eletrônicas sejam desconsideradas. Os equipamentos, segundo o partido, seriam as urnas de modelos anteriores a 2020. O PL alega que há falhas nos modelos.
A representação é assinada pelo presidente do PL e pelo
presidente da República, Jair Bolsonaro, derrotado no pleito de outubro passado.
Em
coletiva de imprensa realizada no Centro de Convenções do Brasil 21, zona
central de Brasília, Costa Neto afirmou que o documento foi feito por
especialistas.
"Não somos especialistas em segurança de dados, por isso fomos atrás de técnicos que fizessem esse trabalho para garantir a transparência do processo eleitoral. Até porque eu, Valdemar, fui eleito com urna eletrônica, e a bancada do PL foi eleita por urna eletrônica", disse o presidente do partido de Jair Bolsonaro (PL).
Apoiadores
de Bolsonaro acompanharam o pronunciamento no prédio do Brasil 21, e lotaram a
entrada onde ocorreu a coletiva. Vestidos de verde e amarelo, eles entraram
cantos como "Se for preciso a gente acampa, mas o ladrão não sobe a
rampa" e "Supremo é o povo, cabeça de ovo", em referência ao
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Houve
hostilidade e xingamentos entre alguns dos passantes e os bolsonaristas.
Em seguida, quem falou foi o engenheiro Carlos Rocha, que participou da auditoria contratada pelo PL. Segundo ele, foi constatada uma falha no log das urnas antigas, fabricadas antes de 2020, o que poderia desqualificar seu uso na contagem de votos. Segundo apontado na coletiva, cerca de 250 mil equipamentos do tipo forma usados.
O engenheiro afirmou ainda que algumas urnas travaram durante as eleições "como o seu computador trava, como o seu celular trava". Segundo ele, o processo de reinicialização comprometeria o sigilo do voto. Chagas disse ainda que a intenção é colaborar com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na apuração das irregularidades. O documento foi enviado à Corte.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, deu 24 horas para que o PL apresente dados sobre irregularidades nas urnas também no primeiro turno das eleições deste ano.
Alexandre de Moraes determinou em despacho que a representação só será considerado caso o partido de Bolsonaro apresente também dados do primeiro turno das eleições.
"As urnas eletrônicas apontadas na petição inicial foram utilizadas tanto no primeiro turno, quanto no segundo turno das eleições de 2022. Assim, sob pena de indeferimento da inicial, deve a autora aditar a petição inicial para que o pedido abranja ambos os turnos das eleições, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas. Publique-se com urgência", diz o despacho, assinado por Moraes.
O PL elegeu 99 deputados no primeiro turno das eleições, o que foi ressaltado por Costa Neto em seu pronunciamento.
O processo eleitoral foi acompanhado por dezenas de entidades nacionais e internacionais, incluindo o TSE, Tribunal de Contas da União (TCU) e as Forças Armadas. Até o momento, não foram apresentadas provas de irregularidades. O próprio código das urnas eletrônicas foi auditado antes da votação, sem falhas encontradas até o momento.
Com
informações portal Correio Braziliense
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