Dom Odilo Scherrer cardeal arcebispo de São Paulo, recebeu críticas por usar vermelho, cor dos cardeais (Foto: Gabriel Bouys) |
O problema ocorre quando determinadas figuras instrumentalizam a fé em nome de um projeto de poder. A espiritualidade fica em segundo plano e mecanismos irracionais ou até violentos são colocados em prática em prol de interesses eleitorais. Espécie de fundamentalismo que ameaça a laicidade do Estado.
Na disputa entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT), neste 2º turno, esse cenário tenebroso ficou bem claro. Padres estão sendo hostilizados apenas por pregarem princípios cristãos durante as celebrações, como críticas ao uso de armas e também discursos contra a fome. O arcebispo de São Paulo, dom Odilio Scherer, foi chamado de comunista por usar roupas vermelhas, vestes tradicionais da Igreja Católica. Pastores relatam perseguição e até ameaça de morte.
Mais recentemente, a senadora evangélica Eliziane Gama (Cidadania-MA) foi alvo de nota de repúdio da Assembleia de Deus após declarar voto no petista. Se fazem isso com uma autoridade da República, imagine contra fiéis Brasil afora?
Isso sem falar na avalanche de fake news envolvendo temáticas como aborto, drogas, satanismo e maçonaria. Como se não houvesse nada mais importante a se discutir no País.
Lula
tentou reagir com uma carta aos evangélicos, negando série de acusações e
criticando a exploração da religião com objetivos políticos. Apesar do aceno um
tanto tardio, é uma das poucas armas que a campanha petista dispõe nessa guerra
nada santa em que as maiores vítimas somos nós e a democracia. Deus, com toda
certeza, está bem longe dessa sujeira.
Com
informações portal O Povo Online
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