Lula participou de ato em recife acompanha do prefeito de Recife João Campos e Marília Arraes candidata ao Governo de Pernambuco (Foto: Ricardo Stuckert) |
"Ele pode gastar o quanto quiser. O destino do Bolsonaro já está traçado. Ele vai ter que ter humildade e, no primeiro dia de janeiro, entregar a faixa", afirmou o ex-presidente na manhã de ontem (14/10), em coletiva de imprensa no Recife, Pernambuco. Ao seu lado estavam a candidata ao governo do estado Marília Arraes (Solidariedade) e o senador Humberto Costa (PT-PE).
Nesta tarde, o petista, que é nascido na cidade pernambucana de Caetés, realiza uma passeata em Recife. "Nas ruas da minha terra natal, Pernambuco", escreveu em sua página no Twitter.
Imagens do ato de Lula em Recife foram comparadas ao Galo da Madrugada, tradicional bloco carnavalesco da capital pernambucana (Foto: Ricardo Stuckert) |
Lula aproveitou para ironizar o evento com baixa adesão de público realizado ontem por Bolsonaro na cidade. “Agora, ele disse que não gosta de nordestino. É por isso que o ato que ele fez aqui em Pernambuco foi um fiasco”, declarou o ex-presidente. "Seria até bom alguém ligar para ele, para ele ver na televisão a nossa passeata. Ele vai ver que é bem maior do que o vergonhoso ato que ele fez aqui ontem. Bem maior. Se ele tivesse que viver de venda de camisa, no ato daqui, ele teria morrido de fome, de tão pouca gente que tinha", atacou.
A visita do petista a Pernambuco também visa apoiar a candidatura de Arraes. No primeiro turno, por acordo com o PSB, o presidenciável apoiou o socialista Danilo Cabral, que chegou em terceiro lugar com 18% dos votos. A aliança no estado era uma das principais condições para a formação da chapa nacional entre PT e PSB. Antiga aliada de Lula, Arraes trocou o PT pelo Solidariedade no começo do ano, mas usou a imagem de Lula durante toda sua campanha, gerando conflito entre os diretórios pernambucanos do PT e PSB.
Durante a campanha, o ex-presidente fez questão de apresentar Cabral como o seu candidato, mas pessoalmente não viu problemas em ser associado à campanha de Marília. A candidata disputa agora com Raquel Lyra (PSDB).
Também esteve presente o prefeito da cidade, João Campos (PSB), primo de Marília, contra a qual disputou a prefeitura da cidade em 2020 e venceu. Desde o pleito, os dois parentes estão rachados mas, com intermédio de Lula, reuniram-se novamente ao redor da candidatura ao Planalto.
Segundo o ex-presidente, “você pode ter uma briga, mas a relação deles é sanguínea. Eles têm um DNA. (A reaproximação) É uma atitude honesta e corajosa, porque é visível, ninguém está escondendo, que tinha divergências profundas”. Na coletiva, Marília reconheceu a importância de “passar por cima de qualquer divergência” para reconstruir o país. Campos não se manifestou.
Com
informações portal Correio Braziliense
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