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25 de outubro de 2022

Liderados por Tasso, empresários declaram voto em Lula "em defesa da democracia"

O ato reuniu empresário e empresárias de vários setores do PIB cearense (Foto: Samuel Setubal)

Em ato pró-Lula no Ceará realizado na tarde desta segunda-feira, 24, no Passeio Público, Centro de Fortaleza, um grupo de empresários cearenses liderados pelo senador e empresário Tasso Jereissati (PSDB) defendeu voto no ex-presidente com o objetivo preservar a democracia brasileira, apesar das ressalvas aos governos do petista.

Participaram do evento os empresários José Vilmar Ferreira (Aço Cearense), Euvaldo Bringel (Instituto Frutal), Ricardo Liebmann (Nexgen Soluções de Informática), Liana Fujita (Fujita) e o titular da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará, Maia Júnior.

O grupo apontou divergências com os governos de Lula e do PT, porém acredita que está em jogo a democracia contra "qualquer tipo de tirania e autocracia", existentes — conforme os empresários — como pautas presentes no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). "É por causa disso que estou aqui com esse grupo e eu, apesar de não ser petista, voto com muita convicção em Lula", afirmou Tasso.

Entretanto, o senador descartou a possibilidade de o PSDB integrar a base governista de Lula em 2023, caso o candidato petista retorne ao Palácio do Planalto. "Eu discordo de muita cosia do que o Lula e o PT pregam. Eu não vejo como finalidade participar do governo. É uma junção de várias pessoas em defesa da democracia", ressaltou.

Eudoro Santana, pai do ex-governador e senador eleito Camilo Santana (PT), também participou do ato. Adversário histórico de Tasso na política cearense, Eudoro chegou a colar um adesivo de Lula na camisa do tucano.

Para Eudoro, a mensagem que o encontro passa é de que o empresariado cearense não é todo Bolsonaro. O encontro, diz, foi importante para mostrar que empresários cearenses têm dois lados.

Liana Fujita aponta que a união do empresariado em defesa de Lula fortalece a capilaridade de um novo governo do petista, uma vez que a categoria tem grande protagonismo na geração de emprego e renda. O movimento, segundo ela, não estará restrito apenas ao pleito deste ano.

"A gente não quer fazer movimento apenas na eleição. Depois, se ele for eleito, vamos mostrar para o Brasil que não vai acontecer nada que estão dizendo sobre fechar empresas, igrejas. O Lula já foi presidente e nada disso aconteceu. A gente quer ajudar, porque não podemos transferir tudo para o presidente", disse a empresária.

Ela mencionou a dificuldade de lidar com empresários que declararam apoio a Bolsonaro, "mas tentamos de todas as formas minimizar isso". "(Vamos) mostrar para essas pessoas que se o Lula foi eleito, vai ser um tempo bom", garantiu.

Por sua vez, Ricardo Liebmann citou a importância de haver independência das instituições e respeito à imprensa para que exista "um país bom", fato que ele acredita não haver "do outro lado".

"Do outro lado, existe uma pessoa que agride as instituições e a imprensa, essa agressão é para mal formar a opinião das pessoas. Acho que, para ter um país bom, é preciso que tenha democracia. E ela se houver independência das instituições, respeito à imprensa e cuidado muito grande com a saúde, educação e distribuição de renda com a participação das pessoas", declarou.

"Bolsonaro é um ser muito ruim, malvado, ignorante e ladrão. Eu fico muito triste em ver pessoas inteligentes, bem informadas, viajadas e cultas abduzidas por essa desinformação", afirmou o empresário Liebmann.

Com informações portal O Povo Online

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