O ato reuniu empresário e empresárias de vários setores do PIB cearense (Foto: Samuel Setubal) |
Participaram do evento os empresários José Vilmar Ferreira (Aço Cearense), Euvaldo Bringel (Instituto Frutal), Ricardo Liebmann (Nexgen Soluções de Informática), Liana Fujita (Fujita) e o titular da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará, Maia Júnior.
O grupo apontou divergências com os governos de Lula e do PT, porém acredita que está em jogo a democracia contra "qualquer tipo de tirania e autocracia", existentes — conforme os empresários — como pautas presentes no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). "É por causa disso que estou aqui com esse grupo e eu, apesar de não ser petista, voto com muita convicção em Lula", afirmou Tasso.
Entretanto, o senador descartou a possibilidade de o PSDB integrar a base governista de Lula em 2023, caso o candidato petista retorne ao Palácio do Planalto. "Eu discordo de muita cosia do que o Lula e o PT pregam. Eu não vejo como finalidade participar do governo. É uma junção de várias pessoas em defesa da democracia", ressaltou.
Eudoro Santana, pai do ex-governador e senador eleito Camilo Santana (PT), também participou do ato. Adversário histórico de Tasso na política cearense, Eudoro chegou a colar um adesivo de Lula na camisa do tucano.
Para Eudoro, a mensagem que o encontro passa é de que o empresariado cearense não é todo Bolsonaro. O encontro, diz, foi importante para mostrar que empresários cearenses têm dois lados.
Liana Fujita aponta que a união do empresariado em defesa de Lula fortalece a capilaridade de um novo governo do petista, uma vez que a categoria tem grande protagonismo na geração de emprego e renda. O movimento, segundo ela, não estará restrito apenas ao pleito deste ano.
"A gente não quer fazer movimento apenas na eleição. Depois, se ele for eleito, vamos mostrar para o Brasil que não vai acontecer nada que estão dizendo sobre fechar empresas, igrejas. O Lula já foi presidente e nada disso aconteceu. A gente quer ajudar, porque não podemos transferir tudo para o presidente", disse a empresária.
Ela mencionou a dificuldade de lidar com empresários que declararam apoio a Bolsonaro, "mas tentamos de todas as formas minimizar isso". "(Vamos) mostrar para essas pessoas que se o Lula foi eleito, vai ser um tempo bom", garantiu.
Por sua vez, Ricardo Liebmann citou a importância de haver independência das instituições e respeito à imprensa para que exista "um país bom", fato que ele acredita não haver "do outro lado".
"Do outro lado, existe uma pessoa que agride as instituições e a imprensa, essa agressão é para mal formar a opinião das pessoas. Acho que, para ter um país bom, é preciso que tenha democracia. E ela se houver independência das instituições, respeito à imprensa e cuidado muito grande com a saúde, educação e distribuição de renda com a participação das pessoas", declarou.
"Bolsonaro é um ser muito ruim, malvado, ignorante e ladrão. Eu fico muito triste em ver pessoas inteligentes, bem informadas, viajadas e cultas abduzidas por essa desinformação", afirmou o empresário Liebmann.
Com informações portal O Povo Online
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