12 de outubro de 2022

Após reação negativa, Bolsonaro nega plano de aumentar ministros do STF

O presidente Bolsonaro negou a proposta durante entrevista em Pelotas (Foto: Fátima Meira)

Durante entrevista após desembarque ontem (11/10) em Pelotas (RS), o presidente Jair Bolsonaro (PL) negou ter falado em um plano para aumentar o número de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração ocorreu após Bolsonaro ser questionado sobre ter recebido um relatório das Forças Armadas sobre a integridade das urnas no primeiro turno das eleições.

Perguntado por jornalistas se pretendia aumentar o número de ministros, rebateu: "Vocês que inventaram isso. Vocês é que digam".

No último dia 9, o presidente afirmou que poderia aumentar o número de ministros da Corte após as eleições, mas que avaliaria a medida após as eleições e que a pauta dependeria da “temperatura na corte”.

"Se eu for reeleito e o Supremo baixar um pouco a temperatura... Já temos duas pessoas garantidas lá [Kassio Nunes Marques e André Mendonça], tem mais gente que é simpática à gente [...]. Tem mais duas vagas para o ano que vem, talvez você descarte essa sugestão", afirmou o presidente ao canal Pilhado.

"Se não for possível descartar, você vê como é que fica. Você tem que conversar com o Senado também [para] a aprovação de nomes. Você tem que conversar com as duas Casas [sobre] a tramitação de uma proposta nesse sentido", emendou.

Bolsonaro também falou sobre o assunto em entrevista à revista Veja. "Já chegou essa proposta para mim e eu falei que só discuto depois das eleições. Eu acho que o Supremo exerce um ativismo judicial que é ruim para o Brasil todo", disse o presidente. "O próprio Alexandre de Moraes instaura, ignora Ministério Público, ouve, investiga e condena. Nós temos aqui uma pessoa dentro do Supremo que tem todos os sintomas de um ditador. Eu fico imaginando o Alexandre de Moraes na minha cadeira. Como é que estaria o Brasil hoje em dia?".

Bolsonaro indicou dois ministros ao Supremo durante o seu mandato como presidente. André Mendonça e Kassio Nunes Marques assumiram as vagas de Marco Aurélio Mello e Celso de Mello, que se aposentaram. Durante o próximo mandato presidencial, mais duas vagas serão abertas. Rosa Weber e Ricardo Lewandowski, indicados em governos petistas, se aposentarão.

Com informações portal Correio Braziliense

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