Lula, Ciro e Simone criticaram a fala do presidente (Fotos: Reprodução/Facebook) |
O presidente Jair Bolsonaro discursou em dois atos em comemoração ao bicentenário da Independência do Brasil, em Brasília adotou tom de campanha em discurso na Esplanada dos Ministérios no 7 de setembro, em Brasília, e chamou o público para votar em 2 de outubro. No Rio de janeiro o presidente evitou, no discurso, confrontos com o Supremo Tribunal Federal.
Durante o discurso em Brasília, Bolsonaro disse que há "uma luta do bem contra o mal", puxou gritos para si mesmo de "imbrochável", sugeriu comparação entre primeira-damas e terminou com um "uivo". Ciro Gomes, Lula e Simone Tebet, principais concorrentes, comentaram as falas do presidente Bolsonaro.
Ciro Gomes cumpriu agenda em Ouro Preto (MG) e, em live no final da tarde, se disse aliviado. “Eu termino essa etapa do dia da Independência com um misto de algum alívio — é impressionante os sentimentos que o Brasil provoca na alma da gente. Um alívio porque eu acabei de ouvir a segunda fala do Bolsonaro e não aconteceu aquilo que a gente mais temia, que fosse descambar para violência, ou que inocentes fossem mortos, ou feridos, por essa atitude absolutamente irresponsável que o chefe da nação Jair Messias Bolsonaro tem tomado, ante a conivência de certos setores militares”, disse.
Apesar disso, Ciro se disse triste. “Uma tristeza profunda de ver como essa gente está apodrecendo a nação brasileira”, declarou o candidato. Ciro definiu como “agressão diplomática” o destaque dado ao empresário Luciano Hang, que desfilou ao lado do presidente, em vez de dar espaço às autoridades presentes, como o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo. “Transformar uma solenidade cívico-militar num comício, com milhões de recursos públicos envolvidos. Olha, não existe mais lei no Brasil. Nós vamos representar”, informou.
Ciro
criticou, ainda, a comparação que o presidente da República fez entre sua
esposa, Michelle Bolsonaro, e a esposa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT). “Depois veio o presidente da República com termos chulos, fazer uma
comparação absolutamente estúpida, grosseira, da estética da sua mulher, com a
das mulheres dos adversários. Em que país nós estamos?”, questionou o
pedetista.
Já Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou nas redes sociais. Bolsonaro fez discursos criticando Lula e convocou os presentes a fazerem “o que é melhor para o nosso Brasil” no dia 2 de outubro — primeiro turno das eleições.
Apesar das críticas proferidas, Lula foi o último dos principais presidenciáveis a se manifestar sobre o uso eleitoreiro da data. O ex-presidente apenas escreveu em seu Twitter que o Dia da Pátria nunca foi utilizado por ele para campanha eleitoral. “Ao invés de discutir os problemas do Brasil, Bolsonaro me ataca, ao invés de explicar como a sua família juntou 26 milhões em dinheiro vivo para comprar 51 imóveis. O Brasil precisa de amor, não de ódio”, disse o petista. O candidato não cumpriu agenda de campanha neste dia 7.
"Nunca utilizamos um Dia da Pátria para campanha eleitoral. Ao invés de discutir os problemas do Brasil, Bolsonaro me ataca, ao invés de explicar como a sua família juntou 26 milhões em dinheiro vivo para comprar 51 imóveis. O Brasil precisa de amor, não de ódio escreveu Lula 13
Simone Tebet (MDB) divulgou um vídeo em que reage ao coro de "imbrochável" que o presidente puxou: “Triste Brasil, né? Triste Brasil que tem um presidente preocupado com a masculinidade enquanto o povo passa fome”, declarou a candidata. Simone cumpriu agenda em Jaguariúna, interior de São Paulo, nesta quarta-feira (7/9), onde visitou o polo de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Educação.
“Enquanto cinco milhões de crianças vão dormir hoje com fome, ele vai para o 7 de Setembro, uma data histórica, 200 anos de independência, e não fala de um Brasil que precisa se unir, de um Brasil que precisa de família, de um Brasil que precisa gerar empregos para garantir dignidade para os nossos trabalhadores. Lamentável o personalismo e o populismo do nosso presidente da República”, disse Simone.
A senadora ainda manifestou apoio às ações protocoladas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelas campanhas dos candidatos Lula, Soraya Thronicke, do União Brasil e Ciro Gomes (PDT) contra o presidente Jair Bolsonaro por uso da máquina e discurso político nos atos públicos do Dia da Independência do Brasil. Simone disse que irá aguardar a deliberação do TSE.
"É desnecessário levar a política para dentro da Justiça. Concordamos com a posição do União Brasil e da Rede, que entraram com ação no Tribunal Superior Eleitoral, contra o candidato Jair Bolsonaro e seu partido, por uso da máquina e discurso político nos atos públicos do Dia da Independência do Brasil. Não tem sentido outro partido ou candidatura, entrar na Justiça só para fazer disso uma escada, um palanque eleitoral", disse, em nota, a senadora. "Vamos aguardar a deliberação do TSE”.
Com
informações portal Correio Braziliense
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